STF planeja frustrar intenção de Eduardo Bolsonaro para 2026

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode estar com os dias contados no tabuleiro eleitoral. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ouvidos pela coluna do Metrópoles, afirmam que já há elementos suficientes para condenar o parlamentar por coação no curso do processo, o que o tornaria inelegível para as eleições de 2026.

A investigação em curso na Corte envolve uma grave acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta que Eduardo articulou, junto ao governo dos Estados Unidos, a aplicação de sanções contra autoridades brasileiras. A tentativa, segundo os investigadores, tinha como objetivo interferir diretamente na ação penal que levou à condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A movimentação do STF pode representar um duro golpe nas pretensões políticas de Eduardo, que planeja deixar o PL e se filiar a outra legenda com vistas à disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. O deputado vinha sendo citado por aliados bolsonaristas como possível herdeiro político do ex-presidente, após a inelegibilidade do pai confirmada no TSE.

A ofensiva da Justiça se soma a um cenário político turbulento. O STF também vive momentos de transição: o ministro Luís Roberto Barroso assinou sua aposentadoria e já tem data para deixar a Corte, o que deve abrir uma nova vaga a ser preenchida pelo presidente Lula — fator que também interfere no xadrez institucional para os próximos anos.

Enquanto isso, no cenário estadual, a corrida pelo governo de São Paulo já começa a tomar forma. Segundo nova pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, o atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera a disputa com folga, consolidando-se como um dos nomes mais fortes do campo conservador para 2026, inclusive como possível plano B do bolsonarismo, caso Eduardo seja barrado pela Justiça.

A expectativa é de que o STF avance com celeridade no julgamento do caso envolvendo Eduardo Bolsonaro, com decisão podendo sair ainda no primeiro semestre de 2026 — tempo suficiente para impactar diretamente a composição das chapas presidenciais.

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Bruno Rigacci

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