Conheça cinco nomes cotados para substituir Barroso no STF
O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) sua saída antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF), abrindo uma nova vaga na mais alta Corte do país antes do prazo natural de aposentadoria compulsória, aos 75 anos. A decisão surpreendeu parte do meio jurídico e político, intensificando os bastidores da disputa pela sucessão.
Com a vaga em aberto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a terceira oportunidade de indicar um ministro ao STF em seu atual mandato. Os nomes mais cotados combinam critérios técnicos, políticos e de confiança pessoal do presidente.
Favorito: Jorge Messias
O principal nome na disputa é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, de 45 anos. Homem de confiança de Lula desde os governos anteriores, Messias tem perfil jurídico consolidado, é discreto e tem boa aceitação entre ministros do STF.
Se confirmado, poderá permanecer na Corte por até 30 anos, dada sua idade. Nos bastidores, é considerado o favorito absoluto no Planalto.
Outros nomes cotados:
Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
Senador e ex-presidente do Senado.
Próximo de ministros como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Tem apoio do Legislativo e de parte do Judiciário.
No entanto, Lula ainda considera mantê-lo na política, de olho no governo de Minas Gerais em 2026.
Bruno Dantas
Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Tem trânsito livre em Brasília e boa relação com o Planalto.
Seu nome já havia sido ventilado para o STF em indicações anteriores.
Vinícius Carvalho
Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ganhou visibilidade por ações voltadas à transparência e integridade pública.
Tem perfil técnico, mas menor capital político que Messias ou Dantas.
Gleisi Hoffmann também é mencionada
Nas redes sociais, aliados e simpatizantes do PT passaram a mencionar o nome da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-presidente do partido e advogada de formação. A inclusão dela no debate atende à pressão de movimentos internos do PT por mais mulheres no STF.
A primeira-dama Janja da Silva já havia declarado em 2024 que espera “um STF com mais mulheres”. Atualmente, apenas duas mulheres compõem o Supremo: Cármen Lúcia e Rosa Weber (aposentada em 2023, substituída por Flávio Dino).
O que vem a seguir
A escolha cabe exclusivamente ao presidente Lula, mas precisa ser aprovada pelo Senado Federal, onde a base do governo enfrenta desafios. Ainda assim, com nomes como Messias ou Pacheco, a aprovação tende a ser viável.
Nos bastidores, a definição deve ocorrer até novembro, para que o novo ministro esteja empossado antes do recesso do Judiciário e possa atuar em decisões relevantes da pauta de fim de ano.