Flotilha de Greta rejeita proposta do papa para mediar entrega em Gaza

Na última quinta-feira (25), a Flotilha Global Sumud (GSF) recusou uma proposta de mediação feita pelo Papa Leão XIV para entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza por meio de Chipre. A proposta previa o transporte dos mantimentos por meio de canais diplomáticos coordenados pelo Vaticano, com apoio do governo italiano.

A bordo da flotilha está a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, que se uniu a outros militantes na decisão de seguir diretamente rumo à Faixa de Gaza, desafiando abertamente o bloqueio naval imposto por Israel.

Segundo informações divulgadas pelo jornal britânico The Telegraph, os organizadores da flotilha alegam que a rota direta é essencial para garantir que os suprimentos cheguem às populações civis sem atrasos ou interferências políticas.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu imediatamente, afirmando pela rede social X (antigo Twitter) que a Flotilha Global Sumud “serve aos interesses do Hamas”, grupo que controla a Faixa de Gaza e é classificado como organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

A acusação foi rejeitada por porta-vozes da flotilha, que afirmam que sua missão é estritamente humanitária. “Não reconhecemos nenhuma autoridade que tente impedir o acesso de ajuda humanitária aos civis em Gaza, incluindo Israel ou qualquer outra potência”, afirmou um dos representantes do grupo.

A recusa à proposta do Vaticano gerou surpresa em setores diplomáticos internacionais, uma vez que o envolvimento da Santa Sé é visto como um dos poucos caminhos neutros em meio ao impasse humanitário na região. Até o momento, o Vaticano não comentou oficialmente a decisão da flotilha.

A situação segue tensa, e observadores internacionais alertam para o risco de confronto caso a flotilha tente romper o bloqueio marítimo imposto por Israel. O governo israelense já afirmou em outras ocasiões que impedirá qualquer tentativa de entrada marítima não autorizada na Faixa de Gaza.

O desenrolar da travessia é acompanhado de perto por agências humanitárias, diplomatas e organizações de direitos humanos, que pressionam por uma solução urgente para a crise humanitária na região.

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Bruno Rigacci

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