Janja chega a Nova York antes de Lula para a Assembleia da ONU
A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, desembarcou em Nova York na última quinta-feira (18), antecipando sua participação na semana da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A chegada ocorreu dias antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem previsão de chegada para o domingo (21) e fará o tradicional discurso de abertura do evento no dia 23.
Durante sua estadia, Janja ficará hospedada na residência oficial do embaixador Sérgio Danese, representante permanente do Brasil na ONU. A agenda da primeira-dama inclui participação em eventos paralelos promovidos pelas Nações Unidas, com foco em temas sociais e na defesa dos direitos das mulheres — bandeiras que têm marcado sua atuação no governo desde o início do mandato.
A decisão de antecipar sua viagem demandou ajustes logísticos e protocolos próprios de segurança, uma vez que deslocamentos separados de autoridades exigem planejamento diferenciado. A movimentação também gerou reações no meio político: para aliados, a viagem reforça o protagonismo da primeira-dama e sua atuação em causas relevantes; críticos, no entanto, questionam os custos da agenda separada e sua real necessidade.
Apesar das controvérsias, a presença de Janja em compromissos internacionais representa uma ampliação do papel simbólico da primeira-dama brasileira, que tem assumido uma postura mais ativa em fóruns multilaterais e debates de políticas públicas. A participação de mulheres em altos postos de representação internacional tem sido cada vez mais valorizada em organismos como a ONU, e a atuação de Janja se insere nessa tendência global.
Enquanto isso, o presidente Lula se prepara para cumprir sua própria agenda em Nova York. Além do discurso de abertura da Assembleia-Geral — uma tradição brasileira desde 1947 —, o presidente participará de reuniões bilaterais e encontros com chefes de Estado e representantes de organismos internacionais. A viagem da comitiva presidencial, no entanto, enfrentou atrasos por conta da emissão de vistos por parte do governo dos Estados Unidos, o que gerou desconforto diplomático nos bastidores.
A semana em Nova York promete ser intensa para o governo brasileiro, com a presença ativa de seus principais representantes em debates globais sobre clima, desigualdade, segurança alimentar e democracia.