Boletim médico atualiza estado de saúde de Bolsonaro
O Hospital DF Star, em Brasília, divulgou nesta quarta-feira (17) um boletim médico informando o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a unidade, o ex-mandatário deu entrada na emergência na terça-feira (16) apresentando desidratação, taquicardia (frequência cardíaca elevada), queda de pressão arterial, vômitos e sensação de desmaio.
Segundo o boletim, foram realizados exames laboratoriais e de imagem para investigação diagnóstica. Os resultados apontaram persistência de anemia e alteração na função renal, com elevação dos níveis de creatinina — marcador que indica possível comprometimento da função dos rins.
Também foi realizada uma ressonância magnética do crânio, a fim de investigar episódios recorrentes de tontura. O exame, no entanto, não mostrou alterações agudas, descartando causas neurológicas imediatas.
“Houve melhora parcial após hidratação e o tratamento medicamentoso”, informa o boletim. A equipe médica avalia a necessidade de manter o paciente internado para monitoramento e reavaliações clínicas nas próximas horas.
Condenação judicial
O episódio de saúde ocorre poucos dias após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenar Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por diversos crimes relacionados aos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A decisão incluiu as seguintes acusações:
Organização criminosa
Tentativa de golpe de Estado
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Dano qualificado
Deterioração de patrimônio tombado
A sentença ainda será objeto de recursos e tramitações nas instâncias superiores, mas já representa um marco no cerco judicial contra o ex-presidente.
Repercussão política
A internação de Bolsonaro gerou movimentações entre seus aliados políticos, que veem o agravamento de sua saúde como um possível fator de impacto nas mobilizações da direita. Ao mesmo tempo, opositores cobram o cumprimento da condenação, que poderá levar à prisão do ex-presidente caso a decisão seja confirmada em instância definitiva.
Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro afirma que a condenação é “politicamente motivada” e promete recorrer ao plenário do STF e, se necessário, a cortes internacionais.