URGENTE: Bolsonaro é levado às pressas para hospital em Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na tarde desta terça-feira (16/9) no Hospital DF Star, em Brasília, após apresentar um quadro de mal-estar. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto e foi levado sob escolta da Polícia Penal do Distrito Federal, acompanhado por um comboio de veículos oficiais e um helicóptero de apoio aéreo.
A internação ocorre em meio a novas preocupações com sua saúde, após a defesa ter apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) um atestado médico com resultados de exames realizados no fim de semana.
Exames apontam anemia e resquícios de pneumonia
De acordo com o relatório médico, Bolsonaro está com anemia por deficiência de ferro e sinais de uma pneumonia recente por broncoaspiração, detectada por meio de tomografia de tórax. Além disso, foram retiradas oito lesões de pele em regiões do tronco e braço direito, e foi iniciada reposição de ferro por via endovenosa.
O ex-presidente também segue em tratamento para hipertensão, refluxo gastroesofágico e medidas preventivas para evitar nova broncoaspiração, condição associada à dificuldade de deglutição e risco de infecção pulmonar.
O cirurgião Cláudio Birolin, que acompanha Bolsonaro, declarou que o ex-presidente “se alimenta mal” e apresenta um estado de saúde fragilizado. A defesa já havia alertado o STF sobre a necessidade de atenção médica contínua.
Escolta e exigência do STF
A movimentação de Bolsonaro gerou novo alerta no Supremo. Na segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do DF envie um relatório detalhado sobre as condições da escolta do ex-presidente, exigindo informações como:
Qual veículo foi utilizado na locomoção;
Identificação dos agentes envolvidos;
Justificativa para eventual descumprimento das regras da prisão domiciliar.
A determinação veio após Moraes questionar o motivo de não ter havido retorno imediato de Bolsonaro à residência em passagem anterior pelo hospital, como prevê o regime domiciliar.
Prisão e condenação
Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão da Primeira Turma do STF, que o condenou a 27 anos e 3 meses de prisão. Ele foi considerado culpado por liderar uma trama golpista com o objetivo de se manter no poder após a derrota eleitoral de 2022.
Outros sete aliados do ex-presidente também foram condenados no mesmo processo, que envolveu crimes como:
Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito;
Organização criminosa armada;
Golpe de Estado;
Dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.
Apesar das restrições, Bolsonaro continua mantendo contato com apoiadores. Em internações anteriores, acenou a simpatizantes que se reuniam do lado de fora do hospital entoando o hino nacional.
Próximos passos
Ainda não há informações oficiais sobre a duração da internação ou se haverá pedido de flexibilização das condições da prisão domiciliar por razões médicas. A defesa deve se manifestar nas próximas horas, e o STF poderá acompanhar de perto qualquer alteração no quadro clínico do ex-presidente.