Moraes surpreende e diz “sim” a Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (15) que o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) visite o ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar é o relator do projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O encontro está agendado para o dia 22 de setembro.

Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão do próprio Moraes. As visitas ao ex-presidente estão restritas a familiares e aliados previamente autorizados pelo Supremo.

Além de Valadares, Moraes também liberou a visita de outros aliados políticos de Bolsonaro, como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto; os deputados federais Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ); os senadores Wilder Morais (PL-GO) e Rogério Marinho (PL-RN); e o ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também recebeu autorização para realizar encontros religiosos em casa, com a participação de amigas que integram seu grupo de oração.

Medidas de restrição

As medidas de prisão domiciliar e controle rigoroso de visitas foram impostas após Moraes identificar que Bolsonaro teria burlado, com ajuda de familiares, a proibição de utilizar redes sociais, inclusive de forma indireta, por meio de terceiros.

As restrições fazem parte das medidas cautelares no âmbito de um inquérito que investiga suposta atuação de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em articulações com integrantes do governo do ex-presidente americano Donald Trump. Segundo as investigações, o grupo teria promovido ações para retaliar autoridades brasileiras e ministros do STF, incluindo o suposto uso da Lei Magnitsky e pedidos para cancelamento de vistos diplomáticos.

Condenação na trama golpista

Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e outros sete réus por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. Por 4 votos a 1, os ministros reconheceram os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado, referente à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em janeiro de 2023.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies