Tagliaferro faz estarrecedora revelação e diz como funcionava o mecanismo de decisões contra Bolsonaro
O jornalista Eduardo Tagliaferro vem ganhando destaque nacional ao desvelar os bastidores sombrios do que ele chama de “perversão institucionalizada” do sistema judiciário brasileiro. Em suas mais recentes denúncias, ele aponta diretamente para o coração do poder: o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a liderança do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo Tagliaferro, as decisões judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro — e aliados — não apenas eram previsíveis, como também planejadas com base em conveniências políticas, e não jurídicas. O jornalista afirma que existia uma lógica clara: se o objetivo era aplicar uma punição rápida, os casos eram direcionados ao TSE, onde Alexandre de Moraes teria amplo controle do rito. Já se a intenção era “enrolar”, manter em suspense ou até usar como instrumento de pressão política, os processos eram enviados ao STF, onde tramitavam por tempo indeterminado.
“A Justiça virou um balcão de decisões estratégicas. Não importa mais o mérito jurídico, mas sim a utilidade política do caso em questão”, afirma Tagliaferro.
WhatsApp como canal oficial de decisões
O que mais choca, porém, é a revelação de que decisões cruciais estariam sendo coordenadas até mesmo por WhatsApp, num sistema informal de comunicação entre ministros, assessores e figuras do Ministério Público. “Não estamos falando apenas de articulação política — estamos falando de decisões judiciais que impactam diretamente a democracia sendo tomadas por mensagens de celular, fora de qualquer protocolo legal ou controle institucional”, denuncia Tagliaferro.
Justiça ou guerra política?
As acusações levantam um debate incômodo, mas necessário: a Justiça brasileira estaria sendo instrumentalizada para fins políticos? As denúncias apontam para uma suposta “caça aos inimigos” que desvirtua completamente o papel constitucional do Judiciário.
Críticos de Moraes o acusam de agir como um “xerife da República”, concentrando poderes excessivos sob o argumento de proteger a democracia. Já os defensores alegam que as medidas são necessárias para conter ameaças autoritárias e ataques às instituições.
De qualquer forma, o que está sendo revelado por Tagliaferro não pode ser ignorado. Se comprovadas, suas denúncias escancaram um colapso ético e institucional, onde a Justiça, em vez de cega, se torna seletiva — e perigosa.