Petro sofre dura e inesperada derrota em eleição do novo magistrado da corte constitucional colombiana

Em uma votação marcada por medidas de transparência, o Senado da Colômbia elegeu nesta terça-feira (2) o jurista Carlos Camargo Assis como novo magistrado da Corte Constitucional. Camargo recebeu 62 votos, superando María Patricia Balanta Medina, que obteve 41 votos, e Jaime Humberto Tobar Ordóñez, que ficou fora da disputa final.

A sessão foi conduzida sob rígido controle de integridade do processo, reforçado pelo presidente do Senado, Lidio García, em resposta a demandas por maior lisura nas escolhas de cargos-chave do Judiciário.

A eleição de Camargo contou com forte apoio da oposição, o que gerou reações positivas entre setores políticos que têm feito críticas ao governo atual e à atuação de parte das instituições.

Compromisso com a legitimidade e o equilíbrio institucional

Em seu primeiro pronunciamento após a confirmação da vitória, Carlos Camargo Assis destacou o papel vital da Corte Constitucional em um país polarizado:

“A legitimidade de uma corte constitucional vem do seu compromisso com a Constituição e com os direitos fundamentais. Precisamos de uma corte que ouça as demandas reais da sociedade, sem perder sua independência.”

Camargo é advogado, com atuação destacada em temas constitucionais e de direitos humanos. Sua nomeação é vista como uma tentativa de fortalecer a estabilidade institucional em meio a um cenário político tenso.

Repercussão política

A senadora María Fernanda Cabal, pré-candidata à presidência pelo partido Centro Democrático, celebrou a escolha, classificando-a como “uma vitória da institucionalidade diante das pressões populistas”.

“A missão de Carlos Camargo será clara: proteger a Constituição contra abusos de poder, manter a independência dos poderes e garantir o respeito às liberdades democráticas”, afirmou Cabal nas redes sociais.

Setores ligados ao governo ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o resultado da votação, mas aliados já vinham manifestando preferência por outros nomes, como Balanta Medina, o que acentua a leitura de que a eleição de Camargo representa um recado político do Senado à Casa Presidencial.

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Bruno Rigacci

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