“Eduardo Tagliaferro COMPROVOU a podridão do STF”
O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) em publicações nas redes sociais nesta quarta-feira (3), após os desdobramentos da audiência do ex-assessor do TSE Eduardo Tagliaferro na Comissão de Segurança Pública do Senado. Para o parlamentar, as denúncias apresentadas por Tagliaferro comprovam o que chamou de “podridão do STF”.
“URGENTE! Eduardo Tagliaferro comprovou a podridão do STF que corroeu a República e fez com que passássemos a viver em uma ditadura!”, escreveu van Hattem, em tom inflamado.
Na postagem, o deputado acusou diretamente o ministro Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, de atuarem “fora da lei e do processo” para perseguir cidadãos por motivações políticas.
“Isso não existe em um Estado de Direito! Moraes e Gonet precisam ser responsabilizados, urgentemente! Chega dessa farsa!”, concluiu.
Contexto das declarações
As declarações de van Hattem ocorrem no dia seguinte à participação de Eduardo Tagliaferro em audiência no Senado, em que o ex-assessor do TSE acusou Moraes de supostamente usar a estrutura da Corte para abastecer inquéritos do STF, contornando trâmites legais e impedindo amplo acesso das defesas aos processos.
As falas de Tagliaferro têm gerado reações divididas no meio político. Parlamentares da oposição, como van Hattem, classificaram os relatos como “gravíssimos” e pedem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Judiciário. Já setores aliados ao STF e ao governo tratam as declarações como uma tentativa de deslegitimar investigações sobre atos antidemocráticos.
Pressão política crescente
A ofensiva verbal de van Hattem se soma a uma série de críticas públicas que vêm sendo feitas por parlamentares da oposição ao Supremo, especialmente no contexto dos julgamentos relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023 e à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A escalada das tensões institucionais reacende o debate sobre limites entre os poderes, imparcialidade judicial e uso político do sistema de justiça.