AO VIVO: Fulminante, CPMI do INSS põe petistas nas cordas (veja o vídeo)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deu início oficialmente aos seus trabalhos nesta terça-feira (26), e já começou com um recado claro: a oposição está no controle e quer ir fundo nas investigações.

A comissão é composta por deputados e senadores e tem como foco apurar um vasto esquema de fraudes que, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), lesou mais de 6 milhões de aposentados e causou um prejuízo estimado em R$ 6 bilhões aos cofres públicos.

Com a presidência e a relatoria nas mãos da oposição, a CPMI promete ser uma dor de cabeça constante para o governo federal. Só na sessão inaugural, está prevista a votação de pelo menos 35 requerimentos, dos cerca de 800 já apresentados por parlamentares.

Entre os principais alvos estão ex-presidentes do INSS, além de representantes de entidades e confederações suspeitas de envolvimento no esquema de fraudes previdenciárias. Há expectativa de que os primeiros nomes convocados incluam autoridades da gestão atual e anterior do instituto, inclusive aquelas já citadas em operações da Polícia Federal.

O que está em jogo?

A CPMI tem potencial de se tornar um fator de desgaste para o governo Lula, especialmente se as investigações avançarem sobre contratos firmados durante sua gestão e associações próximas à base governista. Como revelado anteriormente, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) — que surpreendeu ao adotar uma postura crítica — foi um dos que apresentaram requerimentos solicitando a convocação de figuras ligadas a confederações historicamente alinhadas ao PT.

Apesar da natureza técnica da investigação, o tom político da comissão é evidente. A oposição já vê na CPMI uma oportunidade de expor fragilidades na gestão do INSS e ampliar sua narrativa sobre corrupção e má administração dos recursos públicos.

Próximos passos

Com os primeiros requerimentos sendo votados hoje, a expectativa é que os depoimentos comecem já nas próximas semanas. O ritmo da CPMI deve ser intenso, com sessões semanais e ampla cobertura da mídia.

Nos bastidores, o governo articula para blindar nomes sensíveis e tentar desacelerar os trabalhos. Mas, com a oposição no comando e apoio crescente da opinião pública — especialmente entre os aposentados —, o embate será inevitável.

A CPMI do INSS está só começando. E promete.

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Bruno Rigacci

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