Assessor de Erika Hilton foi alvo da PF
Desde setembro de 2023, o gabinete da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) conta com Samuel Santos no cargo de secretário parlamentar. O funcionário, no entanto, carrega um histórico controverso: ele foi detido pela Polícia Federal após ser flagrado pichando a fachada do prédio do Ministério da Educação (MEC), em Brasília, em dezembro de 2022, durante a gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
O episódio ocorreu em 8 de dezembro de 2022, em meio a protestos contra cortes orçamentários nas áreas da Educação e da Cultura — ambas sob responsabilidade do MEC à época. Samuel foi surpreendido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) enquanto escrevia frases como “bozo na prisão” e “bolsa na mão” na lateral do edifício ministerial. Dentro de sua mochila, foram encontradas três latas de spray.
Após a detenção, ele foi encaminhado à Superintendência da PF, onde assinou um termo circunstanciado e foi liberado. Um laudo pericial da Polícia Federal estimou os danos ao patrimônio público em R$ 1.123,20, valor que não foi reembolsado por Samuel. No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) propôs um acordo de não persecução penal, prevendo o pagamento de R$ 300 a uma entidade assistencial. O assessor aceitou e cumpriu a medida.
Nos dois últimos meses, Samuel recebeu salário líquido de R$ 3.125,11, além de R$ 1.784,42 em benefícios, como auxílio-alimentação e transporte. O cargo de secretário parlamentar é de livre nomeação e exoneração por parte da deputada.
Na época da ocorrência, a PMDF informou que Samuel havia sido enquadrado por crime ambiental e justificou a contenção dos manifestantes como forma de impedir aproximações indevidas ao prédio público.
A assessoria de Erika Hilton ainda não se pronunciou sobre a permanência de Samuel Santos no gabinete parlamentar após a revelação do episódio. Até o momento, não há informações sobre possíveis medidas administrativas relacionadas ao caso.