Relatório da PF é “tiro no pé” e EUA tem mais elementos que comprovam “caça às bruxas” do STF

As últimas decisões do ministro Alexandre de Moraes, dentro dos inquéritos que investigam opositores do governo e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, escancaram o que muitos já classificam como um estado de exceção silencioso. O Brasil vive hoje um ambiente político sufocado, onde a atuação judicial extrapola os limites constitucionais e alimenta um clima de perseguição seletiva.

Nesta semana, a Polícia Federal, sob ordens do STF, realizou buscas e apreensões contra o pastor Silas Malafaia, figura pública e religiosa de grande projeção nacional, além de impor restrições de liberdade e comunicação com outros investigados, como Eduardo Bolsonaro. Mais do que a investigação em si, chama atenção a forma: espetáculo midiático, vazamentos seletivos e, acima de tudo, ausência de contraditório.

Não se trata mais de investigar crimes com base em provas robustas. O próprio relatório da PF — supostamente usado como justificativa — deixa mais dúvidas do que certezas, alimentando a percepção de que o processo judicial tem sido instrumentalizado para fins políticos. Trata-se de uma “caça às bruxas” com roupagem institucional.

Esse cenário, naturalmente, começa a gerar desconforto internacional. Os Estados Unidos, que já aplicaram sanções contra autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky, devem intensificar seu posicionamento. E isso tem consequências diretas: diplomáticas, comerciais e, sobretudo, para a imagem do Brasil como uma democracia funcional.

Se nada for feito, o país pode se isolar internacionalmente. Sanções podem atingir setores estratégicos e prejudicar diretamente a população, a economia e as relações diplomáticas. A comunidade internacional — e especialmente o governo norte-americano — observa com crescente preocupação o que está acontecendo no Brasil.

Está na hora de colocar um freio no avanço de autoridades que confundem poder com impunidade. O sistema de freios e contrapesos existe para proteger a sociedade dos excessos de qualquer um dos poderes. O abuso de autoridade não pode ser tolerado — venha de onde vier.

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Bruno Rigacci

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