URGENTE: Moraes manda apreender celular e proíbe Malafaia de deixar o país
Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal cumpriu uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para realizar busca pessoal e apreensão de aparelhos eletrônicos do pastor Silas Malafaia, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
A medida faz parte do inquérito que apura a suposta tentativa de obstrução da Justiça e articulação de um golpe de Estado. O mandado foi executado quando Malafaia desembarcava de um voo vindo de Lisboa, Portugal. Segundo a PF, ele foi abordado, teve seus aparelhos apreendidos e prestou depoimento ainda no local.
Além da apreensão dos dispositivos, Moraes também determinou medidas cautelares contra o pastor, como a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados no mesmo inquérito. Entre os nomes citados na decisão estão o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Contexto da investigação
Silas Malafaia, aliado político próximo da família Bolsonaro, é citado na investigação que busca identificar ações coordenadas para deslegitimar as instituições democráticas e interferir em processos judiciais em andamento. A apuração envolve episódios anteriores e posteriores aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, incluindo a divulgação de conteúdos nas redes sociais e supostas articulações políticas.
O inquérito tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal, mas já resultou em buscas e medidas cautelares contra diversos aliados do ex-presidente Bolsonaro.
Reações e desdobramentos
Até o momento, Silas Malafaia não se manifestou oficialmente sobre a ação da PF. A defesa do pastor também não divulgou nota pública.
A decisão de Moraes mantém o ritmo acelerado das investigações relacionadas à tentativa de ruptura institucional. A operação de hoje se soma a uma série de medidas recentes adotadas pelo STF contra pessoas ligadas ao antigo governo, reforçando o avanço do inquérito em sua fase mais sensível.