Ex-tesoureiro do PT é condenado e preso por estupro de menor

Valdebran Carlos Padilha da Silva, de 60 anos, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), foi preso nesta segunda-feira (18) em Cuiabá após ser condenado a 15 anos e 2 meses de reclusão pelos crimes de estupro de vulnerável e importunação sexual. A detenção foi confirmada durante audiência de custódia conduzida pelo juiz Francisco Ney Gaíva.

Na audiência, o magistrado destacou que, por se tratar de uma condenação transitada em julgado — ou seja, sem possibilidade de recurso —, não há qualquer chance de concessão de liberdade provisória. “Considerando que se trata de prisão decorrente de condenação transitada em julgado, nada há a deliberar a respeito da liberdade do custodiado”, afirmou o juiz em sua decisão.

Valdebran Padilha já era conhecido do noticiário nacional. Em 2006, ele foi preso pela Polícia Federal em São Paulo com R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo. O caso ficou conhecido como o “Escândalo do Dossiê”, em que a PF apontou que os recursos seriam utilizados na compra de documentos comprometedores contra candidatos do PSDB.

Na ocasião, Padilha foi detido junto com o ex-agente da Polícia Federal Gedimar Passos, acusado de intermediar a negociação de informações falsas com fins eleitorais. Apesar do escândalo político e da repercussão, Valdebran Padilha foi absolvido em 2007 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por falta de provas que comprovassem seu envolvimento direto no caso.

Agora, quase duas décadas depois, o ex-tesoureiro do PT volta às manchetes, mas desta vez em razão de crimes sexuais. As informações sobre as vítimas e os detalhes dos abusos seguem sob sigilo judicial, mas a condenação reflete a gravidade dos atos e encerra qualquer possibilidade de recursos por parte da defesa.

A prisão de Valdebran Padilha representa mais um episódio polêmico envolvendo figuras históricas do partido e reacende debates sobre a responsabilização criminal de ex-dirigentes políticos no país. Até o momento, o PT não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

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Bruno Rigacci

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