Declaração de senador sobre imagens do 8/01 assombram Dino e Moraes

O cenário político em Brasília pode estar prestes a sofrer um abalo sísmico, após declarações feitas pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), líder da oposição no Congresso Nacional. Em entrevista recente, o parlamentar afirmou que o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Tagliaferro, estaria na posse de imagens cruciais dos eventos de 8 de janeiro de 2023 — imagens que, segundo o senador, foram suprimidas ou omitidas pelas autoridades brasileiras.

A revelação caiu como uma bomba nos bastidores do poder. Izalci afirmou ainda que uma dessas gravações será divulgada em breve por uma grande emissora internacional, em um movimento que promete colocar ministros do STF e integrantes do governo Lula sob forte escrutínio — com destaque para Alexandre de Moraes e Flávio Dino, atual ministro do Supremo e ex-ministro da Justiça à época dos atos.

As imagens “apagadas”

O material citado seria o mesmo que o então ministro da Justiça Flávio Dino se recusou a fornecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigava os atos de 8 de janeiro. À época, Dino alegou que a liberação das imagens dependia de autorização do STF, o que travou o acesso por parte dos parlamentares.

Posteriormente, surgiram rumores de que parte das imagens teriam sido apagadas ou extraviadas, levantando suspeitas de ocultação de provas sobre os verdadeiros responsáveis pela facilitação, omissão ou até eventual provocação dos atos de vandalismo que marcaram aquele domingo.

Agora, com a declaração de Izalci, a versão oficial volta a ser questionada.

Quem é Eduardo Tagliaferro?

Tagliaferro é um nome conhecido nos bastidores do STF. Ele atuou por anos como assessor direto de Alexandre de Moraes, com trânsito livre entre gabinetes, órgãos de inteligência e setores estratégicos do Judiciário.

Segundo fontes do Congresso, o ex-assessor teria mantido cópias de imagens e documentos internos relacionados ao 8 de janeiro, inclusive material obtido durante o monitoramento prévio aos atos, quando diversos órgãos de segurança já apontavam risco de invasões às sedes dos Três Poderes.

Agora, fora da função oficial, Tagliaferro estaria disposto a divulgar o conteúdo, segundo interlocutores ligados à oposição.

Declarações de Izalci Lucas

O senador foi direto ao ponto:

Tagliaferro tem as imagens. Aquelas que o Dino disse que estavam sob sigilo ou que tinham sumido. E o que vem aí vai chocar o Brasil e o mundo.

Izalci não deu detalhes sobre o conteúdo, mas reforçou que o material será divulgado nos próximos dias por uma rede internacional, sugerindo que a opção por uma emissora estrangeira se deve ao temor de censura ou interferência em veículos nacionais.

STF em alerta

As declarações do senador causaram forte repercussão dentro do Supremo, segundo fontes ouvidas sob condição de anonimato. A preocupação é evidente: se confirmadas, as imagens podem trazer versões alternativas — ou comprometedoras — sobre o que de fato ocorreu no dia 8 de janeiro, especialmente em relação ao papel das forças de segurança e à conduta das autoridades responsáveis pela contenção dos protestos.

Além disso, uma divulgação internacional do material colocaria o Brasil no centro de um novo escândalo midiático, com repercussões diplomáticas, jurídicas e institucionais.

Oposição promete endurecer o tom

A oposição no Congresso, embalada pela declaração de Izalci, promete acionar formalmente o STF e o Ministério Público para que investiguem o paradeiro e o conteúdo dessas imagens. Parlamentares também devem pressionar o Senado para a reabertura da CPMI do 8 de Janeiro ou para a criação de uma nova comissão com amplo poder de investigação e acesso irrestrito aos arquivos de segurança.

O que esperar?

Se o conteúdo prometido por Eduardo Tagliaferro realmente vier à tona — e se for autêntico e inédito —, o Brasil pode entrar em um novo capítulo da crise institucional que se arrasta desde o final das eleições de 2022. A legitimidade de algumas decisões do STF e a narrativa oficial sobre os atos de 8 de janeiro podem ser colocadas sob intensa pressão.

A expectativa agora é sobre quando e como a revelação será feita, e principalmente: o que exatamente mostram essas imagens que teriam sido omitidas do país até agora?

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Bruno Rigacci

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