URGENTE: Parlamentares ocupam mesa do Senado
Um grande levante político e popular começou a se desenhar em Brasília nas primeiras horas desta terça-feira (5/8), logo após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital federal em protesto contra a decisão, enquanto deputados e senadores da oposição se dirigiram ao Congresso Nacional, onde agora se concentram em uma mobilização que promete intensificar a já tensa crise institucional.
Segundo relatos de bastidores, parlamentares de partidos como PL, PP, Republicanos e Novo estão articulando um pedido formal de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, apontado por eles como responsável por “romper com os princípios democráticos” e “usar o Judiciário para perseguir adversários políticos”.
“O que está em jogo é a liberdade, a separação de poderes e o respeito à Constituição. Não aceitaremos passivamente que um ministro do STF ultrapasse todos os limites”, declarou um senador da oposição que participa da mobilização.
A concentração de congressistas em frente ao Parlamento é vista como um ato simbólico de resistência e pressão institucional. Fontes indicam que líderes da oposição já estão redigindo um manifesto conjunto, que será lido em plenário ainda hoje, exigindo a tramitação imediata de processos de responsabilização contra Moraes e o fim de medidas consideradas abusivas por parte do Supremo.
Enquanto isso, o clima nas ruas é de crescente tensão. Grupos pró-Bolsonaro se aglomeram em frente ao Congresso e ao STF, empunhando faixas, bandeiras e cartazes com palavras de ordem como “Moraes fora!”, “Respeito ao voto” e “Liberdade já”.
Impasse institucional
A movimentação ocorre em um momento de forte atrito entre os poderes da República. A decisão de prender Bolsonaro foi fundamentada no suposto descumprimento de medidas cautelares relacionadas a investigações sobre tentativa de golpe de Estado. Moraes já havia determinado restrições ao ex-presidente, como proibição de contato com investigados e obrigação de entregar passaporte.
Agora, com a oposição unificada em torno da pauta do impeachment de Moraes, o Brasil pode estar diante de uma das maiores crises institucionais desde a redemocratização.
O governo federal e o Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as mobilizações em curso.
