Deputado é expulso do PL
O Partido Liberal (PL) anunciou nesta sexta-feira (1º) a expulsão do deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (SP), após declarações polêmicas em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e críticas diretas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A decisão foi confirmada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, que alegou forte pressão da bancada do partido como principal fator para a medida. O episódio escancara mais uma vez as tensões ideológicas internas dentro das legendas brasileiras, especialmente em um momento de crescente embate entre Congresso, STF e forças políticas internacionais.
Declarações contra Trump e em defesa de Moraes
Em entrevista recente ao portal Metrópoles, Antonio Carlos Rodrigues classificou como “absurda” a sanção imposta pelos Estados Unidos a Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, e criticou diretamente Trump:
“O presidente americano deveria cuidar do próprio país e não se meter com o Brasil”, disse o parlamentar.
A fala repercutiu negativamente entre os correligionários do PL, que em sua maioria mantêm alinhamento com Donald Trump e com pautas conservadoras internacionais.
Valdemar: “Fala inaceitável”
O presidente do PL não hesitou em responder à polêmica:
“A pressão da nossa bancada foi muito grande. Nossos parlamentares entendem que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho”, afirmou Valdemar Costa Neto.
Com isso, o partido optou por remover Antonio Carlos Rodrigues de forma definitiva, sinalizando que discordâncias públicas sobre temas sensíveis internacionais não serão toleradas — especialmente quando se trata de confrontos com aliados simbólicos da direita global.
Consequência política e isolamento
A expulsão de Rodrigues expõe o isolamento político daqueles que ainda tentam defender Moraes dentro do Congresso, mesmo diante de denúncias internacionais de autoritarismo, censura e violação de direitos. Além disso, reforça a força de Trump como referência ideológica para setores do PL e da oposição brasileira, que veem nas sanções da Lei Magnitsky um marco importante no enfrentamento jurídico ao ministro do STF.
A crise interna no PL pode ainda provocar um efeito cascata em outras legendas com parlamentares que insistem em manter alianças ou discursos pró-Moraes, em um momento em que a base conservadora exige postura firme contra o Judiciário e alinhamento com os valores defendidos internacionalmente.