URGENTE: Lula convoca reunião de emergência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou, na manhã desta quarta-feira, uma reunião de emergência no Palácio do Planalto após o anúncio de um tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida foi oficializada por uma Ordem Executiva assinada pelo presidente norte-americano Donald Trump, que retomou o cargo em janeiro deste ano.

O governo brasileiro considera o ato uma agressão direta à soberania nacional e um ataque frontal às relações comerciais entre os dois países. O encontro, de caráter urgente, deve contar com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, além dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social da Presidência).

Segundo fontes do Planalto, a reunião tem como objetivo definir uma resposta política, diplomática e econômica ao movimento da Casa Branca. Entre as opções cogitadas estão medidas de retaliação comercial, o acionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC) e uma mobilização junto a países aliados.

Tensões em alta

A decisão dos EUA surpreendeu autoridades e o mercado, afetando imediatamente a bolsa brasileira e gerando incertezas sobre setores estratégicos da economia, especialmente o agroindustrial, principal alvo das novas tarifas.

Embora ainda não tenha se pronunciado publicamente, Lula teria classificado a medida como “inaceitável e hostil” em conversas internas. A avaliação no governo é de que o gesto de Trump possui forte viés eleitoral e atende ao público interno norte-americano em meio à campanha presidencial de 2026.

Resposta em construção

O Itamaraty ainda não divulgou nota oficial, mas fontes da diplomacia brasileira afirmam que o país pretende buscar apoio internacional contra o que chama de “protecionismo unilateral e injustificável”.

A expectativa é de que um pronunciamento à imprensa seja feito nas próximas horas, após a conclusão da reunião no Planalto. O clima entre os ministros é de apreensão, e interlocutores descrevem o momento como “um dos mais delicados da relação bilateral nas últimas décadas”.

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Bruno Rigacci

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