Apresentadora da Globo sofre humilhante ataque em loja: “Vocês são insuportáveis, fazem jornalismo de lixo” (veja o vídeo)
A jornalista Leilane Neubarth, âncora da GloboNews, relatou em suas redes sociais nesta terça-feira (29) um episódio de hostilidade que sofreu enquanto fazia compras em uma loja no Rio de Janeiro. Segundo ela, uma mulher a abordou de forma agressiva, desferindo críticas à sua atuação jornalística e à emissora onde trabalha.
“Demorei alguns segundos para entender o que estava acontecendo. A única ‘arma’ que eu tinha era o meu celular”, escreveu Leilane, ao descrever o momento em que foi surpreendida pelas ofensas.
A mulher teria se identificado como alguém que “trabalha com gente muito pobre” e acusou a Globo e seus jornalistas de praticarem o que chamou de “jornalixo”. Também debochou do vídeo que Leilane começou a gravar durante o ataque verbal.
“Vai botar no jornal? Ai, estou com o cabelo bom hoje? Queria estar melhor. Estou vindo do hospital, entendeu?”, disse a mulher, segundo o relato da jornalista.
O episódio expõe a crescente tensão enfrentada por comunicadores nas ruas, especialmente em um cenário de polarização política intensa e desconfiança generalizada da mídia tradicional. O caso de Leilane não é isolado — outros profissionais da imprensa também têm relatado episódios semelhantes, seja por parte de críticos da esquerda ou da direita.
Entre a militância e a rejeição
Parte da opinião pública, especialmente em círculos mais conservadores, acusa jornalistas da GloboNews de exercer uma cobertura enviesada, com viés progressista e tom militante em pautas políticas e sociais. Para esses críticos, o desgaste da imagem da emissora reflete um afastamento da “vida real” do brasileiro comum.
“Quando o militante de crachá sai do ar-condicionado e encara a rua, descobre que o Brasil real não assina Globoplay”, ironizou um comentário popularizado nas redes sociais após o caso.
Leilane, que tem décadas de carreira e é conhecida por seu estilo firme, demonstrou surpresa com a virulência da abordagem. Ela disse que pretende seguir trabalhando normalmente, mas que o episódio a fez refletir sobre os riscos crescentes enfrentados por jornalistas em ambientes públicos.
Liberdade de imprensa ou crise de confiança?
O caso levanta discussões importantes sobre os limites da crítica ao jornalismo, a crescente hostilidade contra a imprensa tradicional, e até onde vai a liberdade de expressão de um cidadão frente ao direito à integridade dos profissionais da mídia.
Enquanto uns veem episódios como este como sintoma da descrença em veículos que teriam se afastado de princípios jornalísticos básicos, outros alertam para o perigo da naturalização da violência verbal e moral contra repórteres, algo que pode abrir precedentes para agressões ainda mais graves.