Trump dá um duro golpe na “agenda woke”
O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira a retirada dos Estados Unidos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), alegando que a entidade promove uma agenda “anti-América”, “anti-Israel” e fortemente influenciada por pautas ideológicas “woke”.
A decisão foi tomada após uma revisão interna de 90 dias, iniciada em fevereiro, para avaliar a participação dos EUA na organização, com foco especial em “possíveis manifestações de antissemitismo ou sentimento anti-Israel”, segundo fontes da Casa Branca.
Críticas à UNESCO e à agenda progressista
De acordo com um funcionário do governo, a investigação revelou “descontentamento profundo” com o que a administração descreveu como políticas de diversidade, equidade e inclusão “excessivamente ideológicas” da UNESCO. O relatório também apontou uma suposta parcialidade da organização em favor de posições palestinas e pró-China em fóruns internacionais.
Em nota oficial, a porta-voz adjunta da Casa Branca, Anna Kelly, declarou:
“O Presidente Trump decidiu retirar os Estados Unidos da UNESCO — que apoia causas culturais e sociais ‘woke’ e divisivas que estão totalmente desalinhadas com as políticas de bom senso pelas quais os americanos votaram em novembro.”
Kelly acrescentou ainda que Trump continuará a priorizar os interesses nacionais em todos os fóruns multilaterais:
“Este Presidente sempre colocará a América em primeiro lugar e garantirá que a nossa participação em todas as organizações internacionais se alinhe com os nossos interesses nacionais.”
Histórico de tensões
Essa não é a primeira vez que os Estados Unidos se retiram da UNESCO. Em 2017, durante o primeiro mandato de Trump, o país também anunciou sua saída, alegando motivos semelhantes — entre eles, a suposta politização da organização e sua postura contrária a Israel. Os EUA retornaram sob o governo Biden, em 2023, mas agora, mais uma vez, abandonam a entidade.
A decisão deverá ter implicações diplomáticas, principalmente nas relações dos EUA com aliados europeus e países em desenvolvimento, que veem a UNESCO como peça-chave na cooperação global em áreas como educação, preservação do patrimônio e liberdade de imprensa.
Até o momento, a UNESCO não se manifestou oficialmente sobre a nova saída dos EUA.