De forma vergonhosa, surge a primeira manifestação por parte da OAB
Na próxima sexta-feira (25), a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), em conjunto com diversas entidades alinhadas à esquerda, promoverá um ato público no Largo de São Francisco, no centro da capital paulista. A mobilização tem como objetivo declarar apoio ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Ministério Público, além de reagir às recentes pressões internacionais, especialmente vindas dos Estados Unidos.
Entre os organizadores e apoiadores do evento estão nomes e grupos historicamente vinculados à defesa dos direitos humanos e das instituições democráticas, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Instituto Vladimir Herzog, o coletivo Prerrogativas, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Comissão Arns, o Fórum das Centrais Sindicais, o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
A iniciativa foi motivada por declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu a imposição de novas tarifas comerciais ao Brasil e anunciou a revogação de vistos norte-americanos para ministros do STF. Para os organizadores, tais ações representam interferência externa e afronta à soberania das instituições brasileiras.
A mobilização, no entanto, tem gerado controvérsia. Críticos apontam o ato como uma tentativa de blindar ministros do STF diante de crescentes questionamentos por parte da sociedade civil e de representantes políticos, como o deputado federal Zé Trovão (PL-SC), que recentemente defendeu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes como forma de restabelecer a “normalidade jurídica” no país.
Nas redes sociais, muitos classificaram o ato como uma “vergonhosa manifestação de conivência com abusos de poder”, enquanto apoiadores destacam a importância de defender as instituições frente a ameaças internas e externas.
A expectativa é de que o ato reúna representantes de diferentes setores da sociedade civil organizada, reacendendo o debate sobre o papel do STF no atual cenário político brasileiro e a crescente tensão entre os Poderes da República — agora também influenciada pelo cenário internacional.