URGENTE: Na presença de toda a imprensa, Bolsonaro toma atitude surpreendente

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou publicamente pela primeira vez, nesta segunda-feira (21), a tornozeleira eletrônica que foi obrigado a usar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem foi expedida na última sexta-feira (18), como parte das medidas cautelares no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O equipamento está instalado na perna esquerda do ex-mandatário, que exibiu o dispositivo à imprensa ao chegar a um evento fechado com apoiadores, em Brasília.

Visivelmente indignado, Bolsonaro voltou a declarar que é alvo de uma perseguição política:

Não roubei cofres públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é o símbolo da máxima humilhação do nosso país. Uma pessoa inocente”, afirmou.

O ex-presidente também afirmou que mantém sua confiança em princípios religiosos, acima da Justiça terrena:

O que vale para mim é a lei de Deus. Nós vamos enfrentar tudo e a todos”, disse, em referência às investigações conduzidas pelo STF.

Medidas restritivas

Além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro está proibido de manter contato com outros investigados — incluindo seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). A decisão do STF atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República, com base em novos elementos coletados pela Polícia Federal.

A defesa do ex-presidente afirma que irá recorrer e critica o que chama de “abusos e excessos” por parte da Corte.

Repercussão política

A imagem de Bolsonaro com a tornozeleira eletrônica teve ampla repercussão nas redes sociais e no meio político. Enquanto adversários reforçaram as críticas à sua conduta pós-eleitoral, aliados classificaram a decisão como “humilhante” e “sem precedentes”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado de Bolsonaro, também se manifestou no domingo (20), afirmando que o ex-presidente é alvo de uma “sucessão de erros” e que “o tempo trará justiça”.

Clima de tensão institucional

O episódio marca mais um capítulo da crescente tensão entre o Judiciário e o grupo político ligado ao ex-presidente. Juristas e analistas políticos avaliam que o uso de medidas como tornozeleiras em figuras públicas de alto escalão é raro, mas previsto em lei, quando há indícios de obstrução de justiça ou risco à investigação.

Bolsonaro segue tentando se manter ativo politicamente, mesmo com suas direitos políticos suspensos até 2030. O desfecho dos processos em curso pode ser decisivo não apenas para seu futuro jurídico, mas também para o cenário eleitoral de 2026.

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Bruno Rigacci

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