Só três ministros escapam das sanções de Trump (veja o vídeo)

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira (18) a revogação imediata dos vistos americanos de diversas autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. A medida, segundo Rubio, também se aplica aos familiares próximos dos atingidos.

A decisão ocorre poucas horas após o ministro Alexandre de Moraes determinar o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), intensificando a tensão política entre o Brasil e o governo Donald Trump.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Rubio afirmou:

“Ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato.”

O secretário justificou a ação afirmando que os Estados Unidos não podem ignorar ações de “estrangeiros que censuram liberdades protegidas nos EUA”, numa referência às decisões do STF que restringiram a atuação de Bolsonaro e seus apoiadores nas redes sociais.

Alvos das sanções

Segundo informações divulgadas pelo jornalista Paulo Figueiredo e confirmadas por fontes ligadas ao Departamento de Estado, a medida atinge:

  • Alexandre de Moraes (STF)

  • Cristiano Zanin (STF)

  • Cármen Lúcia (STF)

  • Flávio Dino (STF)

  • Luís Roberto Barroso (presidente do STF)

  • Gilmar Mendes (STF)

  • Paulo Gonet (procurador-geral da República)

Apenas três ministros do STF não foram atingidos pela medida de sanção: Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux. A exclusão desses nomes é interpretada por analistas como um sinal de alinhamento ou neutralidade percebida em relação às ações mais polêmicas da Corte.

Repercussão

A medida de Washington marca um momento sem precedentes nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, sendo vista por aliados de Jair Bolsonaro como um apoio explícito ao discurso de que há perseguição política no país. Por outro lado, críticos classificam a decisão como ingerência estrangeira e ataque à soberania brasileira.

Até o momento, o Itamaraty, o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República não se manifestaram oficialmente.

A decisão do governo Trump também reacende o debate sobre liberdade de expressão, independência dos poderes e relações internacionais, em um contexto político cada vez mais polarizado.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies