Além de tornozeleira e redes sociais, Moraes impõe algo muito pior e inaceitável contra Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (18) novas medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no contexto das investigações sobre possíveis articulações para abalar o Estado Democrático de Direito.
As novas restrições incluem uma medida considerada por aliados como extrema: Bolsonaro está proibido de manter qualquer tipo de contato com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos. A decisão integra um conjunto de ações autorizadas por Moraes no âmbito da Petição nº 14129, que também motivou mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal em Brasília.
Além da proibição de contato com o filho, o ex-presidente também está impedido de acessar ou utilizar redes sociais — ampliando seu isolamento digital, já que anteriormente havia sido bloqueado em várias plataformas por ordem judicial. A PF confirmou, em nota oficial, que as medidas fazem parte das investigações sobre supostas ações golpistas envolvendo membros do alto escalão político e militar.
Bolsonaro também continua sujeito ao uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, e está proibido de se comunicar com outros investigados e com diplomatas estrangeiros.
A defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou oficialmente sobre as novas medidas. Já aliados políticos criticaram a decisão, classificando-a como autoritária e desproporcional.
O inquérito segue sob sigilo parcial e investiga possíveis crimes contra o Estado de Direito, incitação ao golpe e uso indevido das redes para minar instituições democráticas.