Malafaia ergue a voz contra General Mourão
O pastor Silas Malafaia usou as redes sociais nesta terça-feira, 15 de julho, para rebater as críticas feitas pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em declarações recentes, Mourão afirmou que não aceita “interferência estrangeira” em assuntos internos do Brasil, em referência às críticas de Trump ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Malafaia, a posição do senador está equivocada e ignora o que ele chama de “princípios democráticos universais” que, segundo ele, foram violados por decisões do STF.
“Mourão! Você está equivocado. Não é uma questão exclusivamente interna”, escreveu o pastor em suas redes sociais.
O líder religioso afirmou que Trump apenas reagiu à suposta censura imposta por Moraes, que teria impactado plataformas de mídia com sede nos Estados Unidos. Malafaia se referiu às denúncias feitas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo as quais o ministro do STF teria expedido ordens de bloqueio e remoção de conteúdos de forma sigilosa e sem o devido processo legal.
“Trump expôs centenas de ordens de censura ilegais e secretas. Isso tem impacto direto em empresas norte-americanas. É claro que ele tem o direito de se manifestar”, argumentou Malafaia.
Debate sobre soberania e democracia
A fala de Mourão ecoou entre setores que defendem a soberania nacional e rechaçam qualquer interferência de líderes estrangeiros nos assuntos internos do Brasil. No entanto, Malafaia insiste que as ações do Supremo extrapolam as fronteiras nacionais e justificam a preocupação internacional.
O embate evidencia um novo capítulo da crescente tensão entre figuras públicas brasileiras e o Judiciário, especialmente no contexto de investigações sobre redes de desinformação, ataques às instituições e liberdade de expressão nas plataformas digitais.
Até o momento, nem Mourão nem o STF se pronunciaram oficialmente sobre a resposta de Malafaia.
A repercussão ocorre em um ambiente político já inflamado, marcado pelo pedido de impeachment contra o presidente Lula e pela deterioração nas relações diplomáticas com os Estados Unidos após a adoção de tarifas comerciais por parte do governo Trump.