URGENTE: China se intromete na ação de Trump sobre o regime brasileiro
O governo da China condenou publicamente nesta semana a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. A crítica partiu do Ministério das Relações Exteriores da China durante uma coletiva de imprensa realizada na capital chinesa.
Em tom firme, a porta-voz da chancelaria, Mao Ning, afirmou que a medida norte-americana viola princípios fundamentais do direito internacional, ao recorrer a tarifas como instrumento de pressão geopolítica.
“Igualdade soberana e não interferência em assuntos internos são princípios fundamentais da Carta da ONU e normas básicas das relações internacionais. Tarifas não devem ser usadas como instrumento de coerção, intimidação ou interferência nos assuntos internos de outros países”, declarou Mao.
A fala da diplomata foi uma resposta direta à nova política tarifária anunciada por Trump, que justificou a medida com base em razões econômicas e estratégicas, alegando a necessidade de proteger a indústria norte-americana de concorrência considerada “desleal”. O Brasil, importante parceiro comercial tanto dos EUA quanto da China, foi pego de surpresa pela iniciativa e já articula respostas diplomáticas e comerciais.
Pequim sinaliza solidariedade ao Brasil
Nos bastidores da diplomacia internacional, a manifestação chinesa foi vista como um gesto claro de solidariedade ao Brasil, mas também como um movimento geopolítico estratégico. Ao posicionar-se contra a tarifa imposta a um país da América do Sul, a China reforça seu discurso contra o unilateralismo que historicamente marca a política externa dos EUA, especialmente durante administrações republicanas.
Especialistas apontam que a crítica chinesa tem dupla função: fortalecer sua imagem como defensora da ordem multilateral e aprofundar seus laços com países emergentes, em especial o Brasil, com quem mantém uma relação comercial estratégica no âmbito dos BRICS.
Escalada de tensões e riscos ao comércio global
A decisão de Trump reacende preocupações sobre uma possível nova escalada de tensões comerciais globais, num cenário internacional já marcado por instabilidade. Embora a medida tenha como alvo direto os produtos brasileiros, o gesto foi interpretado como mais um capítulo da postura agressiva adotada por Washington na arena econômica internacional.
“Esse tipo de política tarifária punitiva pode gerar uma reação em cadeia, afetando cadeias de suprimento globais e o comércio multilateral”, alertou um analista de comércio internacional ouvido pela reportagem.
No Brasil, a medida foi recebida com cautela. Integrantes do Ministério das Relações Exteriores e da área econômica do governo avaliam os impactos e articulam uma resposta que não agrave ainda mais o quadro, mas preserve os interesses do país.
Enquanto isso, o cenário se complica. A disputa comercial, agora envolvendo diretamente Brasil, China e Estados Unidos, projeta um ambiente de incertezas e instabilidade para os próximos meses. Uma nova fase de tensão mundial pode estar apenas começando.