URGENTE: Enfim, Lula toma coragem e se manifesta sobre ação de Trump
Horas após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou publicamente por meio de suas redes sociais, em um tom firme e direto. A manifestação marca a mais contundente resposta do governo brasileiro à crescente pressão política e econômica vinda de Washington.
“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, declarou Lula.
O texto rebate diretamente tanto o teor da carta publicada por Trump quanto o conteúdo das sanções comerciais, reforçando que qualquer tentativa de ingerência externa nos processos judiciais brasileiros será rechaçada como afronta à soberania nacional.
“O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira”, afirmou, em referência ao julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
Liberdade de expressão e empresas estrangeiras na mira
Lula também defendeu a atuação da Justiça e das autoridades brasileiras no combate a crimes cometidos nas redes sociais e afirmou que liberdade de expressão não pode servir como escudo para atos de ódio, violência ou sabotagem institucional.
“Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira.”
A declaração é interpretada como uma resposta indireta à ação judicial movida por empresas ligadas a Trump — como a Trump Media e a Rumble — contra o ministro Alexandre de Moraes na Justiça americana, sob alegações de censura.
Dados e desmentidos sobre o comércio bilateral
O presidente também contestou a justificativa econômica usada por Trump para a tarifa. Em sua carta, o republicano havia alegado prejuízos comerciais com o Brasil e uma suposta competição desleal. Lula respondeu com números oficiais:
“É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país […] de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos.”
A correção pública representa um gesto diplomático calculado, mas também envia o recado de que o Brasil está disposto a contestar os EUA com fatos e ações institucionais.
Reciprocidade em foco: governo confirma retaliação
No trecho final da nota, Lula confirma a preparação de medidas retaliatórias com base na Lei de Reciprocidade Econômica, que pode incluir tarifas contra produtos norte-americanos importados pelo Brasil.
“Qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica.”
A fala consolida a estratégia em curso no Palácio do Planalto desde o início da crise, e indica que a retaliação será anunciada nos próximos dias, após alinhamento com ministérios e setores econômicos estratégicos.
Análise: clima de confronto e crise institucional inédita
O pronunciamento de Lula marca uma mudança no tom diplomático do governo brasileiro, que vinha tentando evitar a escalada verbal com Trump. A nova fase do confronto envolve diretamente três frentes:
Comércio internacional: tarifa inédita e retaliação iminente;
Relações institucionais: defesa da independência do STF e do sistema judicial;
Geopolítica ideológica: confronto direto entre visões de mundo opostas representadas por Lula e Trump.
Próximos passos
O Brasil já articula mobilização junto ao BRICS, OMC e aliados europeus para conter o impacto da medida dos EUA. Internamente, o governo estuda ações coordenadas com o setor privado para minimizar os danos às exportações brasileiras — especialmente no agronegócio e na indústria de base.
A nota de Lula também marca uma tentativa de reforçar a legitimidade interna do governo diante da retórica de perseguição impulsionada por Bolsonaro, Trump e seus aliados.