O “presente” bilionário de Lula para Alcolumbre

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, renunciou ao cargo em meio à crescente pressão política e a um prejuízo bilionário registrado pela estatal em 2024. A saída ocorre após meses de críticas à gestão da empresa, que encerrou o último exercício com um rombo estimado em R$ 2,6 bilhões, segundo dados internos.

De acordo com apuração do jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já admite, nos bastidores, entregar o comando da empresa ao grupo político do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), como parte de negociações com o Centrão.

Correios podem receber aporte bilionário do Banco dos Brics

O novo presidente da estatal, caso seja indicado pelo grupo de Alcolumbre, assumirá os Correios em meio à expectativa de um aporte de R$ 3,8 bilhões do Banco dos Brics — instituição presidida atualmente por Dilma Rousseff. A negociação do empréstimo está em estágio avançado e poderá representar um importante alívio de caixa para a empresa, que enfrenta dificuldades operacionais e estruturais.

A movimentação insere os Correios no tabuleiro político como mais uma moeda de troca entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, em especial o Centrão, que tem buscado ampliar seu espaço na máquina pública.

Críticas e desafios à frente

A renúncia de Fabiano Silva ocorre sob críticas de setores do mercado e da base governista, que apontam falhas na modernização da empresa, queda na qualidade do serviço e perda de competitividade frente ao setor privado de logística e entregas.

Com o possível aporte dos Brics, o novo comando da estatal terá como principal desafio conter o déficit e recuperar a confiança institucional e operacional dos Correios, que vêm enfrentando queda de receitas e aumento de passivos nos últimos anos.

Até o momento, o governo federal não confirmou oficialmente o nome do novo presidente da estatal, nem a conclusão do acordo com o Banco dos Brics. A expectativa é de que os anúncios sejam feitos ainda neste mês.

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Bruno Rigacci

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