Eduardo Bolsonaro diz estar “100% pronto” para 2026

Durante sua participação na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora), realizada neste fim de semana em Miami, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que está totalmente preparado para disputar a Presidência da República em 2026, caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, permaneça inelegível.

“Se meu pai passar a missão para mim, pode ter certeza de que estou 100% pronto para cumpri-la”, declarou o parlamentar diante de uma plateia de apoiadores conservadores.

Antes de confirmar sua disposição para a disputa, Eduardo enfatizou que sua prioridade atual é atuar nos Estados Unidos em busca de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes é figura central em investigações que envolvem Bolsonaro e aliados, e tem sido alvo constante de críticas por parte de setores da direita, que o acusam de atuar com viés autoritário.

“Primeiro, temos que sancionar o Moraes. Com isso, abrimos uma janela importante para libertar o Congresso e as instituições das amarras autoritárias”, afirmou Eduardo.
“A cada momento sem sanção, fortalece-se o regime autoritário no Brasil.”

Segundo o parlamentar, o processo burocrático para viabilizar sanções já foi concluído nos EUA, mas o avanço da medida está momentaneamente travado em razão da prioridade do governo americano com a escalada do conflito entre Israel e Irã, que envolve riscos de uma guerra em larga escala no Oriente Médio.

Candidato preferido de Trump

De acordo com a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, Eduardo Bolsonaro é visto como o nome favorito do entorno do ex-presidente Donald Trump para disputar a eleição presidencial contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado brasileiro mantém laços próximos com figuras influentes da direita norte-americana e tem ampliado sua presença em gabinetes do Executivo e do Congresso dos EUA, onde é bem recebido por seu alinhamento com pautas conservadoras.

Uma pesquisa recente indicou um cenário competitivo: Lula lidera com 41,6% das intenções de voto, seguido por Eduardo com 39,1%, dentro da margem de erro. O resultado anima aliados do bolsonarismo, que veem no deputado um possível herdeiro político com perfil internacional e discurso consolidado entre os conservadores.

Apesar da preferência informal, aliados de Trump afirmam que qualquer manifestação pública de apoio a Eduardo neste momento seria prematura, para evitar acusações de interferência no processo eleitoral brasileiro, o que poderia beneficiar adversários políticos, sobretudo da esquerda.

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Bruno Rigacci

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