URGENTE: Sanções de Trump contra Moraes ganham força nos EUA
O congressista norte-americano Chris Smith (Partido Republicano, New Jersey) enviou na noite desta quarta-feira (25) duas cartas oficiais à Casa Branca e ao Departamento de Estado dos Estados Unidos solicitando que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja alvo de sanções conforme previsto na Lei Global Magnitsky. A informação foi divulgada por fontes diplomáticas e parlamentares em Washington e reforça a crescente tensão entre setores do governo Trump e instituições brasileiras.
A Lei Global Magnitsky é um instrumento jurídico criado para punir indivíduos acusados de violações graves de direitos humanos e corrupção em nível internacional. Suas sanções incluem restrição de entrada nos EUA, congelamento de bens e proibição de transações financeiras em instituições que operem no sistema bancário norte-americano. Sua aplicação exige uma ordem do presidente dos EUA.
Na carta, Smith faz duras críticas ao atual cenário político brasileiro e sugere que o Brasil está à beira de um colapso democrático:
“O Brasil, antes um parceiro democrático regional, está se aproximando de um ponto de ruptura institucional. Não podemos nos dar ao luxo de lamentar retrospectivamente a inação quando os sinais de alerta são claros e as ferramentas estão disponíveis”, escreveu o parlamentar.
O deputado ainda pediu que o governo americano aja rapidamente:
“Insto o governo a agir rapidamente para impor essas sanções [Magnitsky a Moraes] e, para uma possível responsabilização futura, a identificar outras autoridades brasileiras envolvidas na repressão transnacional contra brasileiros nos Estados Unidos.”
Contexto político e internacional
A solicitação ocorre em meio a um momento de escalada de críticas de figuras da direita americana e brasileira contra o Supremo Tribunal Federal, especialmente contra Alexandre de Moraes, relator de investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliados, empresários e influenciadores acusados de disseminação de desinformação e ataques à democracia.
A movimentação de Chris Smith segue uma linha já adotada por outros parlamentares republicanos e por setores ligados ao presidente Donald Trump, que têm ampliado a retórica contra o STF brasileiro e demonstrado apoio a lideranças da direita brasileira — como Eduardo Bolsonaro, cotado como presidenciável em 2026 e figura próxima de Washington.
Possível impacto e reações esperadas
Se acolhida, a solicitação de sanções a um membro da mais alta corte brasileira marcaria uma ruptura sem precedentes nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. Ainda que o pedido parta de um parlamentar, e não do Executivo, ele simboliza uma intensificação da pressão política internacional sobre o STF e pode repercutir fortemente no cenário político doméstico.
Até o momento, não houve manifestação oficial do Itamaraty, da Casa Branca ou do próprio ministro Alexandre de Moraes. O tema, porém, promete ocupar o centro do debate político e diplomático nos próximos dias, especialmente com a proximidade das eleições nos EUA e os rearranjos em curso para 2026 no Brasil.