Em pleno congresso dos EUA, jornalista brasileiro abre fogo contra Moraes (veja o vídeo)

O jornalista brasileiro Paulo Figueiredo Filho participou nesta terça-feira (24) de uma audiência na Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, no Congresso dos Estados Unidos, onde classificou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como “o ditador do Brasil”.

Durante o depoimento, Figueiredo afirmou que o magistrado estaria promovendo uma série de violações a princípios democráticos e às liberdades civis no país. Ele solicitou que o governo norte-americano adote uma “ação incisiva” contra decisões proferidas por Moraes, alertando para o risco de o Brasil “se tornar uma Venezuela turbinada no coração da América do Sul”.

O jornalista acusou Moraes de censura, perseguição política e abuso de autoridade, e sugeriu que suas ações violam normas internacionais de direitos humanos, além de, segundo ele, contrariar leis norte-americanas no que diz respeito à liberdade de expressão e comunicação em plataformas digitais.

Audiência com viés político

A audiência foi promovida por parlamentares republicanos da ala conservadora, muitos dos quais têm manifestado apoio a grupos da direita brasileira. A Comissão Tom Lantos, embora ligada à pauta dos direitos humanos, não tem poder deliberativo sobre questões de política externa, mas suas sessões costumam ser usadas como espaço para debates ideológicos e simbólicos.

A participação de Figueiredo ocorre em um contexto de críticas crescentes, especialmente por parte de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, às ações do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em processos relacionados a desinformação, ataques à democracia e aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Repercussão

A fala do jornalista repercutiu fortemente nas redes sociais e na imprensa brasileira, dividindo opiniões. Aliados de Moraes e defensores do Judiciário criticaram a iniciativa, considerando-a uma tentativa de internacionalizar disputas políticas internas. Já setores mais à direita elogiaram o discurso e a tentativa de levar denúncias ao cenário internacional.

Até o momento, nem o ministro Alexandre de Moraes nem o STF se pronunciaram oficialmente sobre as declarações feitas por Paulo Figueiredo nos Estados Unidos.

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Bruno Rigacci

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