Produtores rurais se unem em protesto contra o descaso com o Agro

O movimento SOS AGRO RS, organizado pela Famurs (Federação das Associações de Municípios do RS), reuniu na última quarta-feira prefeitos, parlamentares e entidades do setor primário para debater os efeitos negativos de decretos federais e da recém‑editada Medida Provisória 1.303.

 Principais pontos de preocupação

  • Elevação dos custos de produção, com potenciais impactos especialmente sobre pequenos produtores.

  • Risco de encarecimento de alimentos ao consumidor.

  • Repercussão política ampla: o encontro teve caráter suprapartidário, com lideranças de várias frentes demonstrando preocupação com a continuidade da agroindústria no RS.

 Contexto do movimento

O SOS AGRO RS surgiu como resposta às diversas crises que afetam o setor:

  • Enchentes e estiagens em municípios do estado — cerca de 2025 produtores participaram da mobilização .

  • Em julho, o movimento esteve em Porto Alegre, buscando sensibilizar prefeitos e o governo estadual, resultando em reuniões com o secretário da Agricultura .

  • Em maio de 2025, o grupo organizou o “Tratoraço”, ocupando estradas com maquinário agrícola e forçando debates em Brasília sobre medidas efetivas como securitização de dívidas e linhas emergenciais de crédito .

 Demandas reforçadas

O movimento pede ações concretas para mitigar o impacto de calamidades recentes:

  • Prorrogação e anistia de dívidas (15 a 20 anos, com carência inicial) – incluindo Pronaf e Pronamp.

  • Securitização de dívidas como mecanismo de reestruturação sustentável.

  • Linhas emergenciais de crédito (capital de giro, reconstrução).

  • Assistência técnica e extensão rural, além de subsídio temporário a famílias atingidas .

 A MP 1.303: novo capítulo da tensão

As lideranças do SOS AGRO RS alertam que a MP 1.303, embora formalmente direcionada ao setor rural, não contempla adequadamente os pequenos produtores, mantendo burocracias que dificultam o acesso às medidas de apoio. A tendência é agravar os custos de produção e ampliar a disparidade no agronegócio gaúcho.

 O que esperar nos próximos dias

  • A Famurs levará ao governo federal os resultados do encontro, reforçando o pedido de apoio imediato ao setor primário.

  • As lideranças municipais e estaduais prometem manter a mobilização, garantindo visibilidade contínua da pauta.

  • A pressão política e midiática visa influenciar ajustes no texto da MP e possíveis decretos regulamentares.

 Conclusão

O movimento SOS AGRO RS mantém-se ativo e mobilizado, unindo forças políticas e econômicas para evitar que a MP 1.303 e novos decretos federais penalizem ainda mais os produtores gaúchos. Suas principais bandeiras — proteção ao pequeno produtor, acesso facilitado ao crédito e redução da burocracia — seguem em destaque no debate público.

Com forte apoio institucional e repercussão crescente, o futuro do agronegócio no RS dependerá da resposta do governo federal nas próximas semanas.

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Bruno Rigacci

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