URGENTE: Lula resolve se meter na ação de Trump contra o Irã

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, condenou neste domingo (22) o bombardeio conduzido pelos Estados Unidos contra três instalações nucleares no território do Irã. O ataque, ocorrido na noite do sábado (21), foi classificado como uma violação da soberania iraniana e um desrespeito às normas internacionais estabelecidas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e pela Carta das Nações Unidas.

Em nota oficial divulgada pelo Itamaraty, o Brasil expressou “grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio”, criticando não apenas a ação americana, mas também ataques israelenses anteriores na região. O comunicado reforça a postura crítica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao uso da força como instrumento de política externa, especialmente em áreas de tensão geopolítica elevada.

“O governo brasileiro expressa grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condena com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional”, diz o texto.

Repercussão e Contexto

O ataque norte-americano foi justificado pelo Departamento de Defesa dos EUA como uma resposta a supostos planos iranianos de avanço não supervisionado em seu programa nuclear, após a interrupção do monitoramento da AIEA. No entanto, o bombardeio gerou reações críticas em diversas capitais, especialmente entre países do Sul Global, que veem a ação como unilateral e perigosa.

O governo Lula, desde o início de seu terceiro mandato, tem buscado reforçar o papel do Brasil como defensor da multipolaridade, da diplomacia e do respeito ao direito internacional. A crítica pública aos Estados Unidos insere-se nessa linha, embora inevitavelmente agrave a tensão diplomática com Washington em um momento sensível nas relações internacionais.

Críticas Também a Israel

A nota do Itamaraty não poupou Israel, parceiro estratégico dos EUA na região. O governo brasileiro reforçou o tom de condenação a bombardeios anteriores conduzidos por forças israelenses, especialmente após o agravamento do conflito com o Hamas em 2023.

Na ocasião, o presidente Lula provocou forte reação internacional ao classificar as ações militares de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio”, após ataques retaliatórios ao atentado terrorista do Hamas. A declaração gerou um desgaste diplomático profundo com o governo de Benjamin Netanyahu, que chegou a declarar Lula “persona non grata” em Israel.

Brasil Reafirma Apoio à Diplomacia e ao Multilateralismo

O governo brasileiro reforça seu apoio a soluções diplomáticas e ao papel da AIEA na supervisão de programas nucleares. O Itamaraty destaca que qualquer ação militar contra instalações sensíveis, como as nucleares, representa não apenas uma violação da soberania de Estados soberanos, mas também uma ameaça à estabilidade global.

A nota encerra com um apelo para que o Conselho de Segurança da ONU assuma um papel mais ativo na mediação de conflitos e na contenção de ações unilaterais.

Impacto na Política Externa Brasileira

A postura do governo Lula reafirma uma guinada mais crítica à política externa tradicional dos Estados Unidos e um alinhamento com discursos de não-intervenção, muito presente em fóruns como o BRICS. A movimentação pode, no entanto, gerar atritos adicionais com potências ocidentais, especialmente em ano eleitoral nos EUA e com o avanço da instabilidade no Oriente Médio.

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Bruno Rigacci

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