Deputado Rodrigo da Zaeli luta contra o aumento do IOF e conquista vitória na câmara

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (16), com ampla maioria, o regime de urgência para o projeto que busca sustar o decreto do Executivo que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O placar foi de 346 votos a favor e 97 contra, sinalizando forte resistência ao aumento da carga tributária imposta pelo governo federal.

Um dos principais articuladores da urgência foi o deputado federal Rodrigo da Zaeli (PL-MT), que comemorou a decisão e destacou os impactos negativos da medida sobre a economia.

“Esta vitória significativa, com mais de 360 votos a favor, nos permite pautar rapidamente este projeto de decreto legislativo, que busca suspender ações estabelecidas no novo decreto do presidente. Este decreto não apenas cria um novo imposto, mas também aumenta a carga de um imposto já existente”, afirmou Zaeli em discurso no plenário.

Efeitos no consumidor e setor produtivo

Zaeli alertou que o aumento das alíquotas do IOF poderá elevar os custos do setor produtivo, o que inevitavelmente será repassado ao consumidor final.

“Esse aumento de impostos não é apenas uma questão contábil. É um reflexo direto em cada compra que o cidadão faz”, enfatizou.

O parlamentar mato-grossense também defendeu que medidas tributárias com potencial de onerar a população precisam ser debatidas com mais profundidade e não podem ser impostas unilateralmente pelo Executivo.

Oposição e impacto fiscal

A proposta enfrentou resistência por parte das bancadas do PSB e da federação PT-PCdoB-PV, que orientaram seus deputados a votar contra o requerimento de urgência. O governo justifica o decreto como necessário para ampliar a arrecadação, estimando inicialmente um ganho de R$ 18 bilhões em 2025 e R$ 37 bilhões em 2026.

Contudo, após revisões, a expectativa mais recente aponta uma arrecadação de aproximadamente R$ 7 bilhões, segundo fontes internas do Ministério da Fazenda — valor que ainda não foi oficialmente confirmado.

Próximos passos e expectativa no plenário

Com a urgência aprovada, o texto que suspende os efeitos do decreto presidencial pode ser colocado em votação no plenário da Câmara a qualquer momento, dispensando a tramitação por comissões. A expectativa é de intenso debate sobre os impactos econômicos da medida e o papel do Congresso no controle de políticas tributárias.

Zaeli reforçou seu compromisso com o consumidor e o setor produtivo:

“Precisamos de um governo que dialogue, não de imposições que penalizam quem produz e quem consome. O caminho para a estabilidade é o equilíbrio fiscal com responsabilidade social.”

A sessão que analisará o mérito do projeto ainda não tem data definida, mas líderes da oposição e do centro esperam que a votação ocorra ainda nesta semana.

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Bruno Rigacci

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