Irã “joga a toalha” e apela a Trump para acabar com a guerra
Diante da intensificação das ações militares de Israel, autoridades do regime iraniano demonstraram sinais de recuo e preocupação. Neste domingo (15), o governo do Irã pediu publicamente o fim dos ataques israelenses. Já nesta segunda-feira (16), o tom mudou ainda mais: o ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyed Abbas Araghchi, apelou diretamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugerindo que ele poderia intermediar uma saída diplomática para o conflito.
Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Araghchi escreveu:
“Se o presidente Trump for genuíno em relação à diplomacia e estiver interessado em acabar com essa guerra, os próximos passos são importantes.”
O chanceler iraniano afirmou que uma simples ligação telefônica vinda de Washington teria o poder de conter as ações do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Segundo ele, o gesto abriria espaço para uma retomada de negociações e um possível cessar-fogo.
A declaração surpreende pela mudança de tom, considerando o histórico de hostilidades entre Teerã e Washington — especialmente durante a administração Trump (2017–2021), marcada pela saída unilateral dos EUA do acordo nuclear com o Irã e pelo assassinato do general Qassem Soleimani.
Sinais de tensão interna
Relatos extraoficiais indicam que autoridades iranianas estariam discutindo planos de fuga do país, temendo o agravamento do conflito e uma possível escalada com o envolvimento direto de forças dos Estados Unidos. Embora esses relatos ainda não tenham sido confirmados por fontes oficiais, analistas políticos observam um claro sinal de desgaste dentro da cúpula do regime.
Até o momento, o governo de Israel não respondeu oficialmente às declarações do chanceler iraniano. Tampouco houve qualquer manifestação pública por parte de Donald Trump.
A situação no Oriente Médio permanece volátil, e o apelo iraniano a um ex-presidente norte-americano, adversário histórico do regime, é visto por diplomatas como um indicativo de que Teerã busca evitar um confronto de maior escala.