Mourão surpreende novamente e sobe o tom pedindo nova decisão de Moraes

Os advogados do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro, solicitaram nesta sexta-feira (13) a revogação de sua prisão preventiva, mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi feito após o depoimento do militar ao STF, no qual ele negou as acusações que lhe são imputadas.

Em sua solicitação, a defesa argumenta que a instrução da ação penal foi encerrada, e que a manutenção da prisão preventiva já não se justifica. “Diante de todo o exposto, ratificando os pedidos já submetidos a esse STF e especialmente diante da atual situação fático-processual de encerramento da instrução desta ação penal, requer-se a revogação da prisão preventiva”, afirmaram os advogados.

Braga Netto encontra-se preso nas instalações da Vila Militar, no Rio de Janeiro, há quase seis meses, em meio a investigações relacionadas a possíveis tentativas de interferência no processo eleitoral de 2022 e no processo de transição de governo.

A prisão do ex-ministro tem sido alvo de críticas de aliados de Bolsonaro, que consideram a medida excessiva. O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) usou suas redes sociais para protestar contra a prisão, chamando-a de “injusta” e “sem fundamento”.

“A prisão injusta do General Braga Netto, mantida há quase seis meses, sem nenhum tipo de condenação e baseada em acusações frágeis, tem que acabar! Se, até mesmo, a imprensa reconhece que tal restrição de liberdade é descabida, o que falta para soltá-lo? Braga Netto não é, nem nunca foi, ameaça para a democracia”, escreveu Mourão em sua publicação.

A prisão preventiva de Braga Netto está inserida no contexto das investigações sobre tentativas de desestabilização do sistema democrático após as eleições presidenciais de 2022. O general, junto a outros aliados de Bolsonaro, é investigado por sua suposta participação em articulações relacionadas ao movimento que contestou os resultados das urnas.

O STF ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido de soltura, e a Procuradoria-Geral da República também não se posicionou a respeito.

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Bruno Rigacci

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