CPI das Bets: Virginia Fonseca, Deolane e mais 14 são indiciados

A CPI das Bets, liderada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), apresentou seu relatório final em 10 de outubro, propondo o indiciamento de 16 pessoas por crimes relacionados a apostas ilegais, lavagem de dinheiro, estelionato, publicidade enganosa, entre outros. O documento recomenda o envio das informações ao Ministério Público Federal (MPF) para investigação criminal.

Dentre os indiciados, destacam-se influenciadoras digitais Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra, que tiveram seus depoimentos utilizados para dar visibilidade à CPI, embora a investigação tenha sofrido com dificuldades de quórum e foco durante seus trabalhos.

Lista de pessoas físicas indiciadas:

  1. Adélia de Jesus Soares – lavagem de dinheiro e organização criminosa; ligada à PlayFlow.
  2. Daniel Pardim Tavares Gonçalves – falso testemunho, lavagem de dinheiro, organização criminosa; associado à Peach Blossom e ZeroUmbet.
  3. Deolane Bezerra dos Santos – jogo ilegal, estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa; sócia da Zeroumbet.
  4. Ana Beatriz Scipiao Barros – jogo ilegal, estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa; sócia da Zeroumbet.
  5. Jair Machado Junior – jogo ilegal, estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa; sócio da Zeroumbet.
  6. Jose Daniel Carvalho Saturnino – jogo ilegal, estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa; sócio da Zeroumbet.
  7. Leila Pardim Tavares Lima – jogo ilegal, estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa; esposa de Daniel Pardim.
  8. Marcella Ferraz de Oliveira – jogo ilegal, estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa; sócia da Zeroumbet.
  9. Virginia Pimenta da Fonseca Serrão Costa – publicidade enganosa e estelionato; envolvida em publicidades com contas-demo.
  10. Pâmela de Souza Drudi – publicidade enganosa e estelionato; movimentações financeiras atípicas.
  11. Erlan Ribeiro Lima Oliveira – lavagem de dinheiro e associação criminosa; ligado à OIG.
  12. Fernando Oliveira Lima – lavagem de dinheiro, associação criminosa; sócio da OIG e atuante na estrutura de apostas.
  13. Toni Macedo da Silveira Rodrigues – lavagem de dinheiro, associação criminosa; administrador da OIG.
  14. Marcus Vinicius de Lima e Silva – lavagem de dinheiro, associação criminosa, possível corrupção ou tráfico; esquema de movimentação financeira suspeita.
  15. Jorge Barbosa Dias – lavagem de dinheiro; proprietário de plataforma de apostas.
  16. Bruno Viana Rodrigues – lavagem de dinheiro, associação criminosa, exploração de jogos de azar; sócio da BRAX.

O relatório final reflete uma investigação que revelou uma rede complexa de empresas, influenciadores e indivíduos envolvidos em atividades ilegais de apostas e lavagem de dinheiro, com algumas operações usando publicidade enganosa e estratégias para burlar a fiscalização. A recomendação é que o MPF prossiga com as investigações criminais para apurar as responsabilidades e possíveis punições.

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Bruno Rigacci

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