Bolsonaro frisa que não assinou minuta: “Golpe nunca existiu”
Na manhã desta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar depoimento relacionado às investigações sobre possíveis tentativas de golpe de Estado. Durante sua chegada, Bolsonaro reafirmou que “nunca existiu um golpe de Estado” e que nunca assinou qualquer documento nesse sentido. Ele destacou que a hipótese de uma tentativa de ruptura é apenas uma “hipótese” e afirmou que irá refutá-la durante seu testemunho perante a Corte.
Segundo informações do portal Metrópoles, Bolsonaro planeja apresentar entre 11 e 12 vídeos durante seu interrogatório e declarou que, se autorizados, falará “por horas” em sua própria defesa.
A defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima solicitou que Cid fosse novamente interrogado pelo STF, apontando “contradições” na sua versão dos fatos. Mauro Cid, delator da suposta trama de golpe, negou em depoimento nesta segunda-feira (9) que Bolsonaro tenha assinado qualquer medida de ruptura institucional para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
O STF iniciou nesta segunda-feira a oitiva dos réus envolvidos no núcleo principal do suposto plano de golpe. Foram ouvidos o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
A agenda de depoimentos nesta semana inclui também: – Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; – Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; – Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; – Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; – Walter Braga Netto, general de Exército e ex-ministro de Bolsonaro.
Essas sessões visam esclarecer os eventos e possíveis ações relacionadas à tentativa de ruptura institucional envolvendo figuras do Governo Bolsonaro.
