URGENTE: Enlouquecido, Haddad inventa mais um imposto
Em mais uma tentativa de equilibrar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou neste domingo (8) uma série de medidas fiscais, entre elas a tributação de títulos de crédito antes isentos de Imposto de Renda. A medida mira diretamente as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), papéis populares entre investidores de renda fixa, especialmente da classe média.
Antes livres de IR, os títulos passarão a ter alíquota de 5% sobre os rendimentos. A mudança vem como alternativa à proposta inicial de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), descartada após avaliação técnica e política dentro do governo.
As LCIs e LCAs são instrumentos utilizados por bancos para captar recursos destinados ao financiamento do setor imobiliário e do agronegócio, respectivamente. A isenção de impostos sempre foi um atrativo para investidores, tornando esses papéis uma opção segura e vantajosa, principalmente em tempos de incerteza econômica.
Reação do mercado e impactos
A mudança já gera repercussão entre analistas e investidores. Para muitos, a taxação pode reduzir a atratividade desses produtos, empurrando o pequeno investidor para outras opções no mercado de renda fixa.
“Esse tipo de decisão tem um impacto direto sobre o apetite do investidor pessoa física. A perda da isenção pode fazer com que parte dos recursos migre para alternativas como o Tesouro Direto ou CDBs isentos via limite do FGC”, comenta um economista ouvido pela reportagem.
Por outro lado, o governo argumenta que a medida busca distribuir de forma mais justa a carga tributária, cobrando de setores que, segundo a equipe econômica, vinham se beneficiando de vantagens fiscais pouco justificáveis do ponto de vista distributivo.
Contexto fiscal e pressões políticas
As novas medidas fazem parte do esforço de Haddad para cumprir as metas fiscais estabelecidas no novo arcabouço, que substituiu o antigo teto de gastos. Com dificuldades para aumentar a arrecadação e diante da resistência do Congresso a cortes significativos de despesas, o governo tem buscado formas alternativas de elevar a receita.
Segundo o Ministério da Fazenda, a arrecadação esperada com a nova tributação ajudará a cobrir o espaço deixado pela não elevação do IOF, uma demanda que enfrentava forte resistência tanto do setor financeiro quanto de parlamentares.
Ainda não foi divulgado quando a nova tributação passará a valer, mas a expectativa é que o governo envie a proposta ao Congresso nos próximos dias.