Enquanto Macron abraça Lula e Janja, franceses boicotam a carne brasileira (veja o vídeo)

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) foi até Bruxelas, na Bélgica, para denunciar o que chamou de “complô contra a carne brasileira”. Em uma petição formal entregue à Comissão Europeia, a entidade exige que seja aberta uma investigação contra redes varejistas francesas que, segundo a CNA, estariam promovendo um boicote sistemático aos produtos do Brasil e do Mercosul.

Entre os alvos da denúncia estão gigantes como Carrefour, Les Mousquetaires e E.Leclerc, que teriam anunciado a exclusão da carne oriunda do Mercosul de suas prateleiras. Para a CNA, trata-se de uma tentativa clara de inviabilizar o acordo comercial entre a União Europeia e os países sul-americanos, sob o pretexto de preocupações ambientais.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura e integrante da comitiva em Bruxelas, foi enfática ao defender o setor agropecuário brasileiro:

“Viemos protocolar esse pedido de investigação sobre as quatro empresas francesas que difamaram a carne brasileira. Quem falar mal da nossa carne vai responder por isso”, afirmou.

A CNA argumenta que os motivos alegados pelas empresas — como desmatamento e emissões de carbono — são usados de forma oportunista para proteger o mercado interno europeu da competitividade dos produtos brasileiros. “É protecionismo disfarçado de ambientalismo”, resume o documento.

Para os representantes do agro brasileiro, o boicote não apenas prejudica os produtores nacionais, mas também impacta negativamente o consumidor europeu, que pode acabar pagando mais caro por carne de qualidade inferior.

A ofensiva da CNA acontece num momento em que o acordo entre União Europeia e Mercosul ainda enfrenta resistências dentro da Europa, especialmente de países como França e Áustria, que pressionam por cláusulas ambientais mais rígidas.

O Brasil, por sua vez, busca reafirmar seu compromisso com a sustentabilidade e a rastreabilidade da produção, ao mesmo tempo em que denuncia o uso político e econômico dessas exigências como barreira comercial.

Agora, as atenções se voltam para a resposta da Comissão Europeia. Resta saber se Bruxelas dará ouvidos à denúncia brasileira ou se permitirá que o protecionismo agrícola continue ditando o rumo das relações comerciais internacionais.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies