URGENTE: Moraes aciona a PF para ouvir General Mourão e Bolsonaro corre sérios riscos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal tome com urgência o depoimento do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), no âmbito da ação penal que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado. A decisão, divulgada nesta terça-feira (3), atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e fixa um prazo de 15 dias para que a diligência seja realizada.

O foco do novo depoimento é esclarecer se Mourão teria sido influenciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de sua primeira oitiva, ocorrida em 23 de maio. Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles, Bolsonaro teria feito uma ligação a Mourão às vésperas do depoimento, supostamente pedindo que o senador reforçasse sua narrativa de não envolvimento nos eventos investigados.

Depoimento sob suspeita

Mourão prestou depoimento como testemunha de defesa de Bolsonaro e dos generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos réus no processo. Em sua fala anterior, o senador afirmou que não participou de nenhuma reunião que discutisse medidas de exceção e negou ter conhecimento de qualquer articulação golpista no final do mandato do ex-presidente.

O possível contato prévio entre Bolsonaro e Mourão levanta questionamentos sobre a autonomia e espontaneidade do depoimento prestado pelo parlamentar — fator que agora será investigado com mais profundidade pela PF, conforme a ordem de Moraes.

Oitiva de Bolsonaro e demais réus marcada para 9 de junho

Além da nova convocação de Mourão, o ministro Alexandre de Moraes também agendou para o próximo domingo, dia 9 de junho, os interrogatórios presenciais de Jair Bolsonaro e outros sete réus. As oitivas ocorrerão na sala de julgamentos da Primeira Turma do STF, marcando uma nova etapa do processo que analisa a tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022.

Repercussão e implicações

A decisão de Moraes reforça o rigor com que o STF tem conduzido o caso, que envolve não apenas figuras políticas, mas também militares de alta patente. O eventual indício de tentativa de coordenação de depoimentos por parte de Bolsonaro pode configurar uma tentativa de obstrução à Justiça — hipótese que pode trazer implicações ainda mais graves ao ex-presidente.

Por sua vez, o senador Mourão, ex-vice-presidente da República, ainda não comentou publicamente a nova decisão, mas deverá ser notificado formalmente pela Polícia Federal nos próximos dias. O caso segue sob sigilo parcial, mas promete novas revelações à medida que os depoimentos avançam.

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Bruno Rigacci

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