URGENTE: Moraes recebe forte recado de “reação” caso Bolsonaro seja preso
O senador Magno Malta (PL-ES) criticou com veemência, nesta semana, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela Polícia Federal. Ambos deverão prestar depoimento no prazo de até dez dias sobre as ações realizadas nos Estados Unidos, supostamente relacionadas a articulações políticas e possíveis tentativas de desestabilização institucional.
Em pronunciamento no Senado, Malta acusou o STF de usar decisões judiciais para tentar minar as principais lideranças do campo conservador no Brasil. Segundo ele, a convocação representa mais um episódio do que classificou como “perseguição judicial” contra o ex-presidente e seus aliados.
“O intuito é enfraquecer quem representa milhões de brasileiros conservadores. Mas isso não vai passar despercebido. A sociedade está acordada”, disse o senador.
Magno Malta foi ainda mais enfático ao comentar a hipótese de uma eventual prisão de Jair Bolsonaro. Em tom de alerta, afirmou que uma reação em massa tomaria o país caso isso ocorresse.
“Vou dar um aviso para os senhores e me dirijo diretamente aos senhores, ao consórcio de capa preta: ponham a mão em Bolsonaro, prendam o Bolsonaro! Façam isso e vocês vão ver um país congelado, parado, sem ter espaço para uma viva alma no meio da rua, nas estradas, em qualquer lugar.”
Contexto: investigações e tensão institucional
A convocação de Bolsonaro e Eduardo ocorre no âmbito de inquéritos que investigam possíveis articulações internacionais e envolvimento com ataques à democracia, incluindo a tentativa de descredibilização do sistema eleitoral brasileiro. As apurações também buscam entender o papel de figuras públicas em ações que teriam sido organizadas a partir do exterior.
A decisão de Moraes acirrou os ânimos entre o Judiciário e setores da direita, que enxergam na medida uma tentativa de intimidação e cerceamento da atuação política de seus líderes.
Aliados de Bolsonaro, como Magno Malta, veem na convocação uma escalada de tensão institucional. Já defensores da medida afirmam que todos os cidadãos, independentemente de cargos ou influência, devem responder às autoridades quando convocados, especialmente em investigações de natureza grave.
Clima de polarização
A fala de Magno Malta reflete o clima de crescente polarização entre Poderes e a radicalização do discurso político. A possível prisão de Bolsonaro, embora ainda remota, tornou-se um tema recorrente nas manifestações de apoiadores e nas redes sociais — reforçando o ambiente de incerteza institucional e de mobilização social.
Por ora, a expectativa gira em torno dos desdobramentos da investigação e da condução dos depoimentos pela Polícia Federal. O ex-presidente, por meio de seus advogados, ainda não se manifestou oficialmente sobre a convocação.