Ex-ministro do STF e ex-ministro de Lula destrói a esdrúxula tese de golpe no dia 8 de janeiro

A narrativa de que o Brasil sofreu uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 vem perdendo força de forma acelerada. O que já parecia uma tese frágil desde o início — sustentada por interpretações forçadas, ausência de provas concretas e uma dose significativa de criatividade — agora sofre novos abalos com depoimentos que contradizem diretamente a versão oficial propagada pelo governo e setores da grande imprensa.

O mais recente golpe contra essa narrativa veio de uma figura que conhece bem os bastidores do poder: Nelson Jobim. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso e ex-ministro da Defesa de Lula, Jobim tem uma trajetória marcada pela experiência institucional e pelo trânsito entre diferentes espectros políticos. E foi com a autoridade de quem já esteve nos três Poderes que Jobim fez duras críticas à chamada “tese do golpe”.

Em entrevista, Jobim foi taxativo: os eventos de 8 de janeiro foram atos de vandalismo condenáveis, sim — mas não configuram, sob nenhum aspecto técnico ou jurídico, uma tentativa real de golpe de Estado. Segundo ele, não houve articulação militar, não houve comando centralizado com poder institucional e, sobretudo, não havia condições objetivas para a deposição de um governo democraticamente eleito.

A declaração caiu como uma bomba nos bastidores de Brasília. Isso porque a principal utilidade da tese do golpe tem sido política: desgastar e, possivelmente, impedir que o ex-presidente Jair Bolsonaro volte à disputa eleitoral. Diversos inquéritos, operações da Polícia Federal e declarações de ministros do STF apontam nessa direção, criando um clima de perseguição institucional que vem sendo denunciado por parlamentares da oposição e analistas independentes.

Para muitos, a narrativa do “golpe” se assemelha à velha tática autoritária de criar um inimigo interno como justificativa para o aumento do controle estatal, da censura e da perseguição de adversários. O episódio de 8 de janeiro, embora grave, vem sendo usado como pretexto para consolidar poder e minar a presença de Bolsonaro na vida política nacional.

Com a fala de Jobim, mais uma peça importante do castelo de cartas montado em torno dessa história começa a ruir. Fica cada vez mais evidente que os acontecimentos, embora condenáveis, foram desorganizados, impulsivos e sem qualquer respaldo institucional significativo. Chamar isso de golpe é, no mínimo, uma distorção — e, no máximo, uma manobra calculada.

O Brasil assiste, perplexo, à tentativa de reescrever a história recente por conveniência ideológica. Mas, como vem ocorrendo gradativamente, a verdade tem o hábito de emergir — mesmo quando muitos tentam enterrá-la.

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Bruno Rigacci

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