Chanceler de Lula revela o “contato” que fez com Secretário de Estado dos EUA e vira piada

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, protagonizou nesta semana um dos momentos mais constrangedores da diplomacia brasileira recente. Em resposta ao deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS), o chanceler admitiu que, meses após a posse de Marco Rubio como Secretário de Estado dos Estados Unidos, ainda não conseguiu sequer uma conversa com o representante do governo norte-americano.

Questionado sobre a ausência de contato diplomático direto com Rubio, Vieira entregou uma resposta que deixou parlamentares incrédulos:

“Tão logo foi anunciado o nome dele, eu fiz uma carta. Eu não tive depois disso contato com ele. Porque ele não respondeu a carta e não me chamou.”

A reação ao depoimento foi imediata. Nos corredores do Congresso, parlamentares ironizaram a “estratégia diplomática” do Itamaraty. “Parece um adolescente que mandou um bilhetinho e ficou esperando resposta”, comentou, em tom de deboche, um deputado da oposição.

A crítica de Van Hattem foi incisiva: como pode o principal representante da diplomacia brasileira não conseguir estabelecer diálogo direto com o secretário de Estado da maior potência do mundo? O silêncio de Rubio, e a aparente passividade de Vieira, expõem um momento de fragilidade das relações exteriores do Brasil sob o governo Lula.

Especialistas em diplomacia classificaram a resposta do ministro como “lamentável” e reveladora de uma condução “amadora” das relações internacionais. “Diplomacia não é um jogo de espera. É feita de articulação, de persistência, de contatos multilaterais. Não dá para se contentar com uma carta protocolar”, afirmou um ex-embaixador brasileiro, em reserva.

A ausência de diálogo direto entre chanceler brasileiro e o chefe da diplomacia dos EUA pode ter impactos práticos, inclusive em negociações bilaterais e foros multilaterais, onde Brasil e EUA têm interesses comuns — ou, ao menos, deveriam ter.

Enquanto isso, Mauro Vieira parece aguardar pacientemente um telefonema que, ao que tudo indica, não virá. E o Itamaraty, que já foi símbolo de excelência no cenário internacional, vai acumulando episódios de constrangimento sob o atual governo.

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Bruno Rigacci

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