Grande mobilização em busca da anistia promete parar o país no 7 de Setembro

Após recentes manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, movimentos de oposição ao governo federal voltam a se mobilizar em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. A principal proposta em discussão entre os organizadores é a realização de protestos simultâneos em diversas capitais do país no dia 7 de setembro, data simbólica do Dia da Independência.

A articulação visa manter o tema da anistia vivo na agenda pública e aumentar a pressão sobre o Congresso Nacional, onde um projeto de lei com essa finalidade segue travado. Apesar de já tramitar na Câmara dos Deputados, a proposta ainda não tem o apoio necessário para avançar. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem evitado se comprometer com a pauta, o que, na prática, impede sua votação em plenário.

Diante da morosidade nas discussões, familiares de presos pelo 8 de Janeiro têm debatido medidas mais contundentes para pressionar os parlamentares. Uma das estratégias consideradas é a instalação de acampamentos em frente a endereços associados ao presidente da Câmara, como forma de pressioná-lo diretamente. A intenção, segundo relatos de envolvidos, seria manter atos pacíficos, porém constantes, com o objetivo de gerar visibilidade na imprensa e sensibilizar a opinião pública.

Preocupado com o possível acirramento dos ânimos, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), tem mantido diálogo com os familiares dos detidos. Cavalcante orienta que esgotem todos os canais institucionais antes de recorrer a manifestações mais incisivas.

“A nossa prioridade é o diálogo. A pauta da anistia é legítima para parte da sociedade, mas deve ser conduzida dentro da legalidade e da responsabilidade”, afirmou o parlamentar, em conversa com lideranças do movimento.

Nos bastidores, integrantes da oposição avaliam que o 7 de Setembro pode se tornar o próximo grande teste de mobilização do campo conservador desde os atos de janeiro de 2023. A segurança pública e os órgãos de inteligência já acompanham as movimentações com atenção, para evitar qualquer repetição dos excessos registrados anteriormente.

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Bruno Rigacci

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