Janja “sente” e diz que se arrepende de ataque a Musk

Em recente entrevista, Janja da Silva, socióloga e esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comentou um dos episódios mais controversos de sua trajetória pública: a ofensa direcionada ao empresário Elon Musk durante o G20 Social, realizado no ano passado.

Durante seu discurso sobre a regulação das redes sociais, Janja foi interrompida por uma buzina vinda do lado de fora do evento. Visivelmente irritada, ela reagiu com a frase “fuck you, Elon Musk”, direcionada ao bilionário dono da rede social X (antigo Twitter), crítico ferrenho das iniciativas de regulação digital. A declaração teve forte repercussão nacional e internacional, dividindo opiniões nas redes sociais e nos bastidores políticos.

Na entrevista, Janja afirmou que se arrepende não exatamente da fala em si, mas do momento em que ela aconteceu.
“Eu me envolvi pessoalmente na organização, na estrutura do G20, e parece que tudo virou nada. Não é da fala que me arrependo, mas do momento”, explicou. A socióloga demonstrou frustração com o impacto que o episódio teve sobre o esforço coletivo da equipe que trabalhou na organização do evento.

Questionada sobre a possibilidade de seguir carreira política, Janja foi direta:
“Não me imagino tendo uma carreira política. Tudo o que eu escrevi para o meu marido em 580 dias de cadeia, de a gente ter uma vida, passear, de conhecer lugares juntos, eu ainda sonho em fazer. Quando tudo isso terminar, eu quero pegar meu marido pelo braço e sair por aí com ele”, concluiu, deixando claro que sua prioridade continua sendo a vida pessoal ao lado de Lula.

O episódio envolvendo Musk e a repercussão das palavras de Janja reacendem o debate sobre o papel dos familiares de figuras públicas na política e na diplomacia. Para críticos, sua postura é sintomática de um governo que tem dificuldade em construir pontes com o setor privado e de manter a compostura em momentos estratégicos. Para aliados, trata-se de uma figura autêntica, que representa um contraponto ao discurso corporativo e conservador de figuras como Musk.

Independentemente da interpretação, Janja continua sendo uma presença central na imagem pública do governo Lula — admirada por uns, criticada por outros, mas impossível de ignorar.

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Bruno Rigacci

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