Governo Lula aumenta mais um imposto para arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025

A partir do dia 1º de junho, entram em vigor as novas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), conforme determinação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida tem como objetivo reforçar a arrecadação federal em R$ 20,5 bilhões no ano de 2025 e contribuir para o cumprimento das metas do novo arcabouço fiscal.

A elevação do imposto vem em meio ao congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento do próximo ano, numa tentativa de alinhar as políticas fiscal e monetária e manter o país na trajetória de equilíbrio das contas públicas. A expectativa do Ministério da Fazenda é que, com a nova estrutura do IOF, a arrecadação em 2026 chegue a R$ 41 bilhões.

“O ajuste é árido e difícil, mas é muito dosado, pontual e cuidadoso”, afirmou o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan. “Para além dos aspectos regulatórios, essa medida tem grande relevância para manter o país na rota do equilíbrio fiscal.”

Operações e investimentos afetados

O IOF incide sobre uma ampla gama de operações financeiras. Com as mudanças, passam a ser impactadas:

  • Uso do cartão de crédito em transações internacionais;

  • Compra de moeda estrangeira, como dólares e euros;

  • Aplicações de renda fixa com resgate em até 30 dias.

O setor de seguros também será afetado, especialmente os planos Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) — frequentemente utilizados como forma de investimento com baixa carga tributária.

Anteriormente, os aportes mensais feitos nos planos VGBL não estavam sujeitos à cobrança de IOF. A partir de junho:

  • Aportes de até R$ 50 mil mensais permanecem isentos;

  • Aportes acima desse valor passarão a ter alíquota de 5%.

Segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a medida visa corrigir distorções na arrecadação e ampliar a justiça tributária, promovendo maior equidade entre contribuintes pessoas físicas e jurídicas.

“Estamos ampliando a base de arrecadação de forma mais justa, sem sobrecarregar a população de menor renda”, destacou Barreirinhas.

Contexto fiscal

A elevação do IOF é parte de um esforço mais amplo do governo para fechar as contas públicas sem recorrer a cortes drásticos em investimentos sociais. O novo arcabouço fiscal, aprovado em 2023, exige disciplina no controle das despesas e crescimento sustentado da receita pública.

A expectativa é que, com medidas como esta, o Brasil consiga manter a confiança dos investidores, controlar a inflação e preservar o espaço para políticas sociais e investimentos em infraestrutura.

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Bruno Rigacci

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