Tarcísio surpreende e anuncia que vai deixar a política
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou de forma categórica que não disputará a Presidência da República em 2026. Em declarações recentes, ele pôs fim às especulações que o apontavam como o principal sucessor político de Jair Bolsonaro no campo conservador. Tarcísio deixou claro que seu foco está na reeleição ao governo paulista e que sua carreira política terminará ao final de um eventual segundo mandato.
“Não penso em disputar a presidência e não tenho nenhum projeto nacional. Meu plano é ser candidato à reeleição como governador de São Paulo, concluir mais quatro anos de mandato e, após isso, me dedicar exclusivamente à minha família e aos meus negócios particulares”, afirmou o governador.
Fim da especulação e lealdade a Bolsonaro
A fala encerra meses de especulações nos bastidores da política nacional. Considerado por aliados e analistas como um nome técnico e moderado, com perfil capaz de atrair apoio do centro-direita, Tarcísio vinha sendo cotado como um plano B para o bolsonarismo em caso de inelegibilidade do ex-presidente.
Apesar da recusa em disputar o Palácio do Planalto, Tarcísio fez questão de reafirmar sua lealdade a Jair Bolsonaro. “Em 2026, estarei com o presidente Bolsonaro, seja qual for o papel que ele desempenhar na eleição”, declarou.
Reorganização na direita e impacto político
Com a retirada de Tarcísio do cenário presidencial, o tabuleiro da direita se reorganiza. A expectativa agora recai sobre outros nomes com potencial de disputar a sucessão bolsonarista, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes.
Aliados avaliam que a decisão de Tarcísio é estratégica e coerente com seu perfil. “Ele nunca teve apetite por disputa partidária. É um gestor, não um político tradicional”, afirmou um interlocutor próximo. O anúncio também serve para desarmar eventuais críticas de que ele estaria utilizando o cargo de governador como trampolim para ambições maiores.
Compromisso com São Paulo
Durante seu primeiro mandato, Tarcísio tem investido fortemente em infraestrutura, segurança pública e parcerias com a iniciativa privada, consolidando uma imagem de gestor eficiente. Ao anunciar sua intenção de concluir dois mandatos, o governador sinaliza compromisso com a continuidade administrativa e estabilidade política no maior estado do país — algo bem-visto por empresários e investidores.
“É uma decisão que já está tomada. Não vou me desincompatibilizar do cargo em abril de 2026, como seria necessário para disputar a presidência”, afirmou.
Um legado em construção
Mesmo com o anúncio de aposentadoria política ao fim do segundo mandato, aliados acreditam que Tarcísio continuará sendo uma voz influente nos bastidores da direita brasileira. “Ele tem capital político, conhecimento técnico e uma relação sólida com Bolsonaro. Mesmo fora das urnas, terá papel relevante na articulação de políticas e projetos”, afirmou um aliado.
A decisão de Tarcísio também representa uma rara postura de planejamento político no atual cenário nacional, marcado por instabilidade e disputas internas. Ao abrir mão de uma candidatura presidencial e priorizar a gestão estadual, ele busca construir um legado de eficiência administrativa e responsabilidade pública, distante da lógica eleitoral imediatista.
Com isso, o governador reforça a imagem de gestor comprometido com resultados e não com cargos, em um movimento que pode consolidar seu nome como referência de liderança técnica e moderada na história política recente do Brasil.
