Rio de Janeiro confirma primeira morte por febre do Oropouche

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou a primeira morte por febre do Oropouche no estado. A vítima foi um homem de 64 anos, morador de Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana do Rio. Ele foi hospitalizado em fevereiro e faleceu quase um mês depois. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Cachoeiras de Macacu é conhecida por suas 92 quedas d’água e pela intensa produção de frutas como goiaba e banana — características que favorecem a proliferação do inseto maruim (ou mosquito pólvora), transmissor da doença.

Casos em alta e medidas de controle

Desde o primeiro caso registrado no estado, em fevereiro de 2024 — um homem com histórico de viagem ao Amazonas — o número de infecções cresceu rapidamente. Segundo a Secretaria de Saúde, até o dia 15 de maio de 2025, já foram confirmados 1.484 casos da doença no território fluminense.

Em resposta ao avanço do vírus, o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sergio Ribeiro, detalhou as ações que estão sendo adotadas:

“As equipes de vigilância epidemiológica monitoram semanalmente o avanço do oropouche. Desde o ano passado, temos feito capacitações com os municípios para evitar a disseminação de casos e aprimorar a assistência aos doentes.”

Como se proteger

A febre do Oropouche é transmitida pelo maruim, um inseto minúsculo comum em áreas silvestres. Para evitar o contágio, a Secretaria de Saúde recomenda:

  • Uso de roupas que cubram a maior parte do corpo ao visitar regiões de mata ou áreas rurais;

  • Aplicação de repelente nas áreas expostas da pele;

  • Limpeza frequente de locais com criação de animais;

  • Remoção de folhas e frutas caídas no chão;

  • Instalação de telas de malha fina em portas e janelas.

Sintomas e riscos

Os sintomas da febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue: febre alta, dores de cabeça, musculares e nas articulações, calafrios, náuseas e vômitos. Em geral, a recuperação ocorre entre cinco e sete dias. No entanto, em grupos de risco — como crianças pequenas e idosos — a infecção pode evoluir de forma mais grave.

O crescimento no número de casos e a confirmação do primeiro óbito colocam o estado em alerta. Autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para evitar complicações.

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Bruno Rigacci

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